
Da Redação
MANAUS – O Amazonas não deve seguir a recomendação de isolamento seletivo feito pelo Ministério da Saúde em boletim epidemiológico divulgado nessa segunda-feira, 6. A diretora-presidente da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas), Rosemary Pinto, disse que o estado não está incluído na orientação, apesar do aumento de casos que ultrapassam cem ocorrências por dia. Esse tipo de restrição é recomendada quando não há transmissão comunitária do vírus.
“No nosso caso, nós já avançamos. Estamos com transmissão comunitária e há necessidade de isolarmos severamente todos os habitantes no sentido de evitar que uns contaminem os outros”, disse.
Segundo Rosemary, o isolamento seletivo seria possível se a transmissão for local e restrita.“O isolamento seletivo se refere àqueles municípios e estados que estão ainda com transmissão local e restrita, nesse caso é possível fazer isolamento seletivo”, disse. Dessa forma, o estado deve permanecer em isolamento ampliado.
No boletim publicado, o Ministério da Saúde orienta que todos os estados que já atingiram mais de 50% da capacidade local dos leitos devem continuar com o isolamento ampliado e criando estratégias para realizar a transição de distanciamento social seletivo posteriormente.
Até a tarde de desta terça-feira, 7, o Amazonas tem 50 leitos no Hospital Delphina Aziz, todos ocupados por suspeitos e também por pacientes confirmadas com a doença. Há 69 respiradores na unidade, que é referência para o tratamento no estado. A Susam (Secretaria de Saúde do Amazonas) informou que busca a aquisição de novos equipamentos e insumos.