Da Redação
MANAUS – Manaus é a 2ª capital e o Amazonas o 12º estado no ranking de transparência sobre contratações emergenciais no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. O estado está atrás de Amapá, Rondônia, Ceará, Maranhão, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas e Paraná. Já Manaus perdeu o topo do ranking para João pessoa (PB).
Essas posições já foram piores. No último mês o Amazonas cresceu 21 pontos e hoje é avaliado como ‘ótimo’ pela Transparência Internacional, somando 84,8 pontos. A escala do ranking vai de zero a 100 pontos, na qual zero (péssimo) significa que o ente federativo é avaliado como totalmente opaco e 100 (ótimo) indica que oferece alto grau de transparência.
Veja a tabela com as informações dos estados:
A capital Manaus também foi destaque no último ranking divulgado, com alta de 63 pontos. A cidade atingiu a pontuação de 94,9 e seu nível de transparência saiu de ‘ruim’ para ‘ótimo’.
A coordenação da Transparência Internacional justifica o avanço de alguns estados e capitais como sendo um resultado da pressão popular. “Quando lançamos a primeira avaliação a sociedade começou a pressionar, insatisfeita com os resultados ruins. Fomos procurados por prefeituras e governos estaduais do Brasil inteiro interessados em aumentar a transparência das informações que fornecem, mas também porque sabiam que estariam sob os holofotes novamente na segunda rodada”, disse Guilherme France, coordenador de pesquisa da Transparência Internacional – Brasil.
A fiscalização para manter a transparência de contratos, licitações e convênios é uma das formas de combate à corrupção no período da pandemia. “Os casos de corrupção na saúde são tão sórdidos, tão desumanos, que renovam a percepção da gravidade do problema. Conquistar mais transparência nos gastos que devem salvar vidas foi um passo importante e se deu graças a uma sociedade civil organizada, uma imprensa livre e atuante e políticos que têm de mostrar serviço pra se manter no poder”, disse Bruno Brandão, diretor executivo da Transparência Internacional no Brasil.
CPI da Saúde
Formada no dia 25 de maio, a CPI da Saúde é construída por deputado estaduais do Amazonas que investigam gastos na saúde do Amazonas no no período de 2011 até a atual gestão do governador Wilson Lima.
Em 12 de junho, a comissão divulgou que a empresa FJAP Importadora adquiriu respiradores da empresa Sonoar e os revendeu ao estado por R$ 496 mil a mais. As investigações do sobrepreço continuam, com base em depoimentos de funcionários e ex-funcionários da Susam (Secretaria de Saúde do Amazonas) e de documentos enviados pela pasta.