Da Redação
MANAUS – A Amazonas Energia deverá apresentar até 14 de setembro uma solução definitiva para a usina de Parintins (a 363,7 quilômetros de Manaus), que causa ruídos excessivos e danos às estruturas das casas em seu entorno. O prazo foi definido em uma reunião na terça-feira, 11, com a presença de representantes dos moradores prejudicados.
Segundo a DPE (Defensoria Pública do Amazonas), que intermediou a negociação, a proposta a ser enviada pela concessionária deverá incluir a avaliação de compensação financeira por danos coletivos, a finalização do plano de atenuação de ruídos, que deve ser concluído até dia 28 de agosto, e a apresentação de uma data futura para a mudança de local da usina, saindo do centro urbano. A usina está instalada na Avenida Nações Unidas.
“A proposta também passará por avaliação da comunidade interessada, pois entendemos que o povo deve ter voz ativa na resolução de um problema historicamente vivenciado”, disse o defensor Gustavo Cardoso.
A DPE pediu à concessionária estudos técnicos que demonstrassem a média dos ruídos ocasionados pela atividade da usina nos últimos cinco anos. Em resposta, a Amazonas Energia apresentou um plano de atenuação de ruídos para a população, envolvendo a troca de 12 equipamentos e a instalação de abafadores. A primeira etapa do plano, com a substituição de equipamentos, já foi concluída e a última etapa, com o trabalho de acústica, deve ser finalizada até dia 28 de agosto.
De acordo com o defensor Gustavo Cardoso, a Secretaria de Meio ambiente apresentou uma série de documentos que atestam o problema, não apenas de poluição sonora, mas também da existência de fuligem, da trepidação que causa rachaduras na estrutura das residências.
O Polo do Baixo Amazonas tem sede em Parintins e atende também os municípios de Barreirinha, Nhamundá e Boa Vista do Ramos.