Da Redação
MANAUS – Matrinxã, pirarucu e tambaqui foram as espécies de peixe mais produzidas no Amazonas em 2020, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal divulgados nesta quarta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O estudo envolve a produção pecuária e de aquicultura.
Apesar da queda com relação aos índices de 2019, o Amazonas continua sendo o maior produtor nacional de matrinxã. Em 2019 o estado foi responsável por 60,9% da produção brasileira. Ano passado, com 2 mil toneladas, a participação caiu para 55,3%. Na produção de pirarucu, é o quarto mesmo a espécie sendo nativa do estado.
Cinco municípios amazonenses estão entre os dez maiores produtores de matrinxã no estado: Rio Preto da Eva (1ª posição, com 800 toneladas), Manacapuru (2ª posição, com 375 toneladas), Manaus (4ª, com 315 toneladas), Presidente Figueiredo (7º colocado, com 91 toneladas) e Iranduba (9ª posição, com 65 toneladas).
Pirarucu
A produção amazonense de pirarucu é a quarta maior do Brasil, com 144 toneladas (7,6% do total nacional). Rondônia (52 % da produção nacional), Pará (15,7%) e Tocantins (10,7%) estão à frente do Estado. Em relação aos municípios produtores de pirarucu, Coari (50 toneladas) e Codajás (35 toneladas) estão entre os 20 municípios com as maiores produção do Brasil.
Com 6,2 toneladas de tambaqui, o Amazonas é o quinto maior produtor entre as unidades da federação, atrás de Rondônia (39,4 toneladas), Maranhão (11,5 toneladas), Roraima (11,2 toneladas), Pará (6,2 toneladas). Os municípios amazonenses de Rio Preto da Eva (1.000 toneladas, na 19ª posição) e Iranduba (995 toneladas, na 20ª posição ) estão entre os 20 municípios com as maiores produção do Brasil.
Em 2020 a aquicultura do Amazonas produziu 8,4 mil toneladas de peixes, cerca de R$ 80,7 milhões. As unidades da federação com maior produção aquícola foram: Paraná (140,2 mil toneladas), São Paulo (55 mil toneladas) e Rondônia (48,3 mil toneladas).
Pecuária
No Amazonas, houve diminuição no rebanho bovino que caiu de 1.455.842 cabeças (em 2019) para 1.437.809 (em 2020), queda de 1,3%. O efetivo de bovinos o estado representa apenas 0,7% do total nacional.
Os cinco municípios com maior número de cabeças em 2020 foram Lábrea, Boca do Acre, Apuí, Manicoré e Parintins. Todos apresentaram aumento de produção na comparação de 2019 para 2020. No entanto, Itacoatiara apresentou queda de 36,5%, partindo de um rebanho de 50.565 cabeças para 30.912 cabeças. Com a redução acentuada, o município caiu da quinta para a décima posição no ranking do rebanho bovino no estado.
Leite
O Amazonas produziu 43 milhões e 533 mil litros de leite, a partir de 93.122 vacas ordenhadas em 2020. A produtividade alcançou 467 litros por vaca ao ano e a produção geral rendeu R$ 69,2 milhões. Os cinco maiores produtores de leite no estado foram Autazes (11 mil litros), Careiro da Várzea (7,8 mil litros), Apuí (5,9 mil litros), Parintins (3,5 mil litros) e Manicoré (3,3 mil litros).
Também houve queda (-5,0%) no efetivo de bubalinos ou búfalos, que somavam 91.164 cabeças em 2019, e 86.864 em 2020. Ainda assim o estado se destaca como o 5º maior produtor do Brasil com 5,8% do total. Autazes, com 35 mil cabeças ou 2,3% de participação nacional, tem o 10º maior efetivo de bubalinos.
No efetivo de equinos, de 2019 para 2020 houve estabilidade nos rebanhos amazonenses somando 28.884 cabeças, no total.
Foram contabilizados 81.877 cabeças de suínos no Amazonas em 2020, o que representa queda de 9,1% em relação a 2019 (89.338 suínos). Os maiores produtores de suínos foram Apuí (8.600), Parintins (6.940), Envira (6.300), Rio Preto da Eva (5.939) e Manicoré (5.200). Rio Preto da Eva sofreu queda de 54,3%, caindo de 13.000 cabeças para 5.939, em 2020.
Galináceos e ovos
No segmento de aves, os galináceos alcançaram 4,4 milhões de unidades em 2020, aumento de 6% em relação ao ano anterior. O resultado mostra recuperação, depois de queda em 2019.
Manaus está entre os dez maiores municípios criadores de galináceos do país, com um total de 2,4 milhões de aves. Iranduba, Manacapuru, Itacoatiara e Rio Preto da Eva são os cinco maiores produtores do estado no interior.
No Brasil, foram produzidas 4,8 bilhões de dúzias de ovos de galinha em 2020, um aumento de 3,5% em relação à produção de 2019. Com rendimento de R$ 17,8 bilhões, a produção representou um recorde na série histórica desde 1999.
No Amazonas, a produção foi de 62.823 mil dúzias, o equivalente a 1,3% da produção nacional. Houve uma pequena queda de 1,2% em relação ao ano anterior, gerando R$237,4 milhões aos produtores. Manaus é o principal produtor de ovos com 40.500 mil dúzias, com valor de produção da ordem de R$141,7 milhões. Iranduba, Manacapuru, Rio Preto da Eva e Itacoatiara completam a lista dos cinco maiores produtores.