Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O prefeito de Coari, Adail Filho, se apresentou na sede do MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) na manhã desta quinta-feira, 26, acompanhado do advogado Fabrício Parente. Adail Filho é alvo de mandado de prisão temporária na Operação Patrinus e era considerado foragido da Justiça. Após o exame de corpo de delito, o prefeito ficará preso no Batalhão de Choque da Polícia Militar do Amazonas.
Adail Filho é investigado por suposto esquema criminoso criado para fraudar licitações, lavar dinheiro e corromper a estrutura de poder do município. Além dele, foram alvos de prisão temporária o presidente da Câmara Municipal de Coari Keiton Batista, o sargento da Polícia Militar Fernando Lima e o empresário Alexsuel Rodrigues. O MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) estima que o esquema criminoso tenha movimentado R$ 100 milhões nos anos de 2017 e 2018.
O Gaeco (Grupo de Atuação especial de Repressão ao Crime Organizado) cumpriu 4 mandados de prisão temporária e 70 de busca e apreensão em domicílios, órgãos públicos e em sedes de empresas, em Manaus e Coari. Cerca de 160 policiais participaram da operação.
Em nota, a Prefeitura de Coari afirmou que Adail Filho “tem total interesse em esclarecer cada sombra de dúvida” e que o progresso do município e a aproximação das eleições tornaram Coari “alvo dos mais diversos interesses e acusações infundadas”. O prefeito afirma que não se esquivará de prestar todas as informações necessárias às investigações.
Sobre o cumprimento da prisão temporária no Batalhão de PM, o advogado Fabrício Parente afirmou que trata-se de prerrogativa do prefeito. “O código de processo penal, em seu art. 295, confere ao prefeito municipal a prerrogativa de ser recolhido ao cárcere em um quartel da polícia militar. Assim, a justiça amazonense, com aval do MPE/AM, determinou o encaminhamento de Adail Filho para um batalhão da PM/AM”, afirmou.