RIO DE JANEIRO – Alison e Bruno Schmidt estão na final do torneio masculino de vôlei de praia dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Os brasileiros tiveram um grande desafio na tarde desta terça-feira, 16, mas levaram a melhor contra os holandeses Brouwer e Meeuwsen por 2 sets a 1 (21/17, 21/23, 16/14), em 59 minutos, e lutarão pelo ouro em casa. A final ocorre nesta quinta-feira, às 23h59 (de Brasília), contra o time vencedor da outra semifinal, que ocorre ainda nesta terça-feira, entre os italianos Nicolai/Lupo e os russos Semenov e Krasilnikov. Os brasileiros possuem retrospecto positivo contra o time da Itália e estão empatados nos dois confrontos realizados contra a equipe da Rússia.
É a quinta vez consecutiva que o Brasil chega à final do torneio masculino dos Jogos Olímpicos. Além do ouro com Ricardo e Emanuel, nos Jogos de Atenas, em 2004, foram outras três pratas. A primeira em Sydney-2000, com Ricardo/Zé Marco. Em Pequim-2008, com Fábio Luiz/Márcio Araújo, e em Londres-2012, com o próprio Alison, ao lado de Emanuel.
O duelo pela semifinal foi marcado por reviravoltas. Após vencerem o primeiro set, os brasileiros tiveram a chance de fechar em três pontos do jogo na segunda parcial, mas os holandeses cresceram e levaram para o tie-break. Mesmo atrás, a dupla brasileira manteve a calma, conseguiu a virada no set de desempate e confirmou a vitória para êxtase da torcida em Copacabana.
Melhor jogador do Circuito Mundial em 2015, Bruno Schmidt comentou sobre a força mental da dupla, que não se abateu após levar a virada no final do segundo set. “Jogar voleibol aqui, muitas vezes é o de menos. Tem que ficar focado, concentrado. Começaram bem no tie-break. Alison e eu tivemos que nos olhar, falar mais um com o outro, mostrar: olha, não acabou. O que passamos hoje foi importante para subir um degrau na parte mental, não é fácil controlar as emoções, jogar em casa. Isso mostra crescimento”, disse.
Alison se emocionou após a partida e foi abraçar os familiares na arquibancada. Ele explicou o que sentiu após o ponto final e lembrou de profissionais que o ajudaram na carreira. “Chorei porque passa um filme na cabeça, todo mundo que me ajudou, profissionais que não estão mais comigo, amigos, familiares. Todo ser humano, quando alcança um grande momento na carreira, sente isso. Sou muito grato por todos que me ajudaram. A vida do atleta é sempre acreditar, se superar”, destacou o Mamute.
Alison foi gigante no bloqueio, em uma disputa bastante acirrada contra Meeuwsen. O brasileiro conseguiu 12 pontos no fundamento, contra 10 do holandês. A dupla europeia conseguiu o único ace do jogo, mas também ofereceu um ponto a mais em erros. Equilíbrio nos números, mas maior frieza dos brasileiros na hora da decisão.
(Da assessoria da CBV)