O líder do prefeito e o líder do PSB foram à tribuna, criticaram o governo federal e chegaram a pedir que o eleitor reveja o voto de 2010
MANAUS – Aliados do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) na Câmara Municipal de Manaus (CMM) usaram a tribuna nesta segunda-feira (09/06) para criticar a presidente Dilma Rousseff e o governo do PT por não ajudar financeiramente a capital administrada pelo tucano. Um dos “ataques” partiu do líder de Arthur na CMM, vereador Wilker Barreto (PHS). Rebatendo o vereador Bibiano Garcia (PT), que denunciou o uso de drogas por crianças em escolas da rede municipal de ensino, Wilker disse que uma parcela da culpa é do governo federal, que “não atrela políticas publicas” aos programas federais como o Bolsa Família.
No final do discurso, no entanto, Wilker Barreto reclamou que nunca um prefeito foi tratado a pão e água quando o atual. “Já tivemos gestões municipais de várias bandeiras, como PSB e PDT. Mas em nenhuma das primeiras vimos o governo federal do PT maltratar e pisar tanto o município de Manaus como no governo atual do PSDB”, disse.
Outro crítico foi o vereador Marcelo Serafim (PSB), que se apresenta como pré-candidato ao Senado nas eleições de outubro. “Sabemos das dificuldades que um prefeito de Manaus tem para administrá-la. O governo federal, infelizmente, não olha Manaus com prioridade, mas como um curral eleitoral que dá a cada eleição votação de 80% para seus candidatos”, disse.
Marcelo Serafim aproveita o discurso para jogar lama na administração de Dilma Rousseff e assim beneficiar o candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos. De acordo com o parlamentar, que é líder do PSB na CMM, a cidade “não é ajudada em nada” para obras viárias pelo atual governo federal. “O prefeito Arthur acreditou no conto do vigário, o enganaram ao longo de dois anos e nada de dinheiro do governo federal pra nossa cidade, nada”, alertou.
As críticas de Marcelo Serafim também respingaram no senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo Dilma no Senado e pré-candidato ao Governo do Amazonas. “O dinheiro veio para a ponte de 1 bilhão de reais que liga Manaus a Iranduba, para a Arena da Amazônia; para obras faraônicas vieram tudo de grande construtoras nacionais, mas para a mobilidade urbana da cidade, nada foi investido pelo governo federal”, afirmou.
Marcelo Serafim disse, ainda, que na gestão do ex-prefeito Serafim Corrêa (PSB), o município passou quase três anos tentando, junto ao governo federal, conseguir um financiamento para fazer obra viária em Manaus e não obteve verba. “Será que obra viária não é um tema importante no passado, presente e futuro? Obviamente que é”.