Por Marcelo Moreira, do ATUAL
MANAUS – O advogado Ygor de Menezes Colares, de 35 anos, disse em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (22) que no dia 13 de julho encontrou Jussana Machado por acaso no condomínio onde moram e que não a procurou.
Jussana foi presa suspeita de ter disparado um tiro contra ele durante briga na última sexta-feira (18), no condomínio Life, no bairro Ponta Negra, zona oeste de Manaus. A defesa de Jussana afirma que ela registrou boletim de ocorrência contra o advogado por ameaça, mas ele nega a acusação.
Ygor Colares disse que encontrou Jussana na área comum do condomínio quando chegava da delegacia onde registrou boletim de ocorrência por injúria e ameaça, e que houve discussão “acalorada” por parte de Jussana porque ela não aceitou ele ter registrado a ocorrência contra ela.
O advogado contou também que a desavença com a vizinha começou porque Cláudia Gonzaga, de 40 anos, que é babá do filho dele, foi acusada de fazer fofoca de Jussana e do marido dela, Raimundo Nonato Monteiro Machado, que é policial civil e cedeu a arma à esposa durante a confusão em que Ygor foi baleado. Ambos estão presos por lesão corporal.
“Semanas atrás, eles me procuraram por, supostamente, a Cláudia, babá do meu filho, estar fazendo fofoca sobre o casal [Jussana e Raimundo Nonato Monteiro Machado] lá no condomínio. Aí eles me procuraram pra tomar providência em relação a isso. Busquei a Cláudia, conversei com ela e ela negou, veementemente, qualquer ato contra a família deles. Inclusive, disse desconhecer aquele casal”, disse Ygor Colares.
Ygor disse ainda que encaminhou à defesa dele provas que negam que ele tenha ameaçado Jussana e comprovam as denúncias feitas por ele contra ela. A defesa da babá Cláudia Gonzaga disse que ela está recebendo acompanhamento psicológico.
Sobre o procedimento aberto por Jussana na OAB-AM (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas) para que a entidade apure a conduta de Ygor, o presidente da Comissão de Direito e Prerrogativas, Alan Johnny Feitosa da Fonseca, informou que o processo ocorre em sigilo, mas que não foi verificada irregularidade na conduta do advogado.
“Esse documento foi encaminhado ao Tribunal de Ética e Disciplina, que ainda não fez o juízo de admissibilidade, mas encaminhou para o setor de conciliação. Ainda não existe nesse procedimento nenhum juízo de valor, irregularidade, por parte do advogado, mas eu antecipo a vocês que a OAB não vê isso como irregularidade, até porque qualquer pessoa pode fazer uma representação”, disse Alan Johnny.