
Do ATUAL
MANAUS – A mulher identificada Jussana Machado, suspeita de balear o advogado Ygor de Menezes Colares, de 35 anos, no condomínio Life, na tarde desta sexta-feira (18), no bairro Ponta Negra, zona oeste de Manaus, teve a prisão em flagrante convertida para prisão preventiva na tarde deste sábado (19), informou o presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-AM, Alan Johnny.
Jussana Machado é mulher do policial civil Raimundo Nonato Monteiro Machado, e estava com ele no estacionamento do condomínio quando ambos se envolveram em uma confusão com a babá do filho do advogado Ygor Menezes. Imagens de câmera de segurança mostram a babá sendo agredida pelo casal. Ao chegar, e perceber a agressão, Ygor tenta separar a briga, mas entra em luta corporal com o policial civil, e, em seguida é baleado pela mulher.
“Ela [Jussana Machado] informou, em seu depoimento, que está arrependida. Ela disse que foi briga de vizinhas porque a babá, que levou diversos socos, reclamava do seu cachorro e que na hora que ela tava passando, foi fazer lá um comentário do seu cachorro, coisa nesse sentido, e perdeu a cabeça e agrediu aquela senhora, uma senhora de 40 anos de idade”, disse Alan Johnny.
A OAB questiona o fato de o policial civil não ter sido detido e informou que o Ministério Público detectou falhas no procedimento instaurado pela polícia e encaminhado à Justiça. Contra ele, foi feito apenas um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência).
“Faltou documentos que deveriam ter sido anexados pela autoridade policial. O Ministério Público falou que o procedimento foi encaminhado com intuito de amenizar a situação da esposa do policial, entendeu que houve corporativismo por parte da autoridade policial que presidiu esse flagrante, que não entendeu porquê o policial civil também não foi preso em flagrante e que não entendeu também porquê a polícia, a autoridade policial nesse caso, o delegado plantonista do 19º DIP, fragmentou esses fatos”, disse Alan Johnny.
Ao ATUAL, o advogado Ygor de Menezes Colares informou que foi atendido em uma unidade de SPA (Serviço de Pronto Atendimento) e que a babá do filho dele buscou atendimento de saúde neste sábado (19) com hematomas pelo corpo.
A corregedoria da PCAM tem que apurar com rigor, as falhas gravíssimas, e que parecem ter sido cometidas com dolo pelo Delegado do 19 DIP ao proceder o atendimento da ocorrência envolvendo o IPC Raimundo N Machado e de sua esposa, quando dissimulou uma evidente ocorrência de homicídio tentado, lesão corporal e emprego de arma de uso restrito, com a clara intensão de favorecer dolosamente os criminosos.