MANAUS – A volta às aulas na rede pública de ensino no Amazonas transformou-se em um cabo de guerra entre a Secretaria de Educação estadual e os sindicatos dos professores. A Seduc, apesar de não apresentar uma data, quer um retorno imediato para salvar o ano letivo; os sindicatos temem que um retorno sem protocolos rígidos de segurança contra o novo coronavírus coloque em perigo a vida de professores e estudantes. Ambos têm razão.
O impasse tem origem na falta de uma política séria no Brasil para o enfrentamento da Covid-19, que continua matando em média mil pessoas por dia no país. Sem um comando nacional, ficou a cargo dos Estados e municípios adotar medidas que em outros países foram importantes para frear a disseminação do vírus.
No Brasil, o isolamento social foi um fiasco, com o presidente da República puxando a corda em sentido contrário ao dos governadores e prefeitos que adoraram medidas mais rígidas como o fechamento do comércio e dos serviços considerado não essenciais.
Os testes para detectar o vírus, fundamental para controle da doença, demorou demais a chegar a até hoje não vêm sendo aplicados na proporção necessária.
Na prática, o novo coronavírus no Brasil fez seu próprio percurso, como bem entendeu, e atualmente assistimos uma queda no número de casos e mortes nos Estados mais afetados no início da pandemia, como Amazonas, Ceará, Pernambuco e São Paulo, enquanto os Estados que à época pareciam estar com a doença sob controle, agora amargam um crescimento súbito no número de óbitos.
Neste sentido, as exigências dos sindicatos parecem absurdas, mas na prática algumas deveriam ter sido adotadas desde o princípio, como a testagem em massa para professores e alunos e o controle rígido do transporte público para evitar contaminação.
A Asprom Sindical também exige que as janelas das salas de aula e das salas dos professores sejam refeitas para tornar os ambientes mais arejados.
Tais medidas enfrentam resistência do poder público em particular e da sociedade em geral. Se não foi possível frear o ímpeto da população para se proteger no período mais crítico da pandemia, quando os hospitais não conseguiam atender à demanda, muito menos será agora, quando a maioria acha que tudo voltou ao normal.
O debate continua entre governo e professores enquanto os meses avançam, comprometendo o ano letivo.
Pós pandemia, vcs devem estar brincando, quando suspenderam as aulas 400 casos no Brasil, agora quantos casos diário? AM, não perder ano letivo? online, melhor do que perder vidas. Universidades de outros países, com muito menos contaminados estão fechadas, aqui a ambição pôr parte de alguns colocam vidas em risco. Cade MP. não existe em Manaus ???