Depois dos ex-deputados Carlos Souza (PSD) e Fausto Souza (PSD), campeões de votos na década de 1990, ficarem sem trabalho no Legislativo em 2014 e outro irmão deles, Wallace Souza, ser cassado em 2009 e morrer em 2010, a Família Souza, agora, acumula prejuízos nos negócios. A empresa Aldri Serviços Ltda., de propriedade de Fausto, teve seu contrato de R$ 4,1 milhões encerrado, há três meses, com a Semed e seus funcionários estavam trabalhando sem saber da informação. Agora, além da perda de faturamento, a família também terá que arcar com o pagamento dos encargos trabalhistas e os colaboradores temem ficar sem seus “direitos”. Não bastasse a onda de más notícias que já dura cinco anos, tanto Carlos quanto Fausto devem esperar por mais problemas no futuro: os dois respondem por ações penais na Justiça e vão precisar gastar com advogados se quiserem provar inocência. Ambos são réus em um processo por associação ao tráfico de drogas (denunciado em 2009, envolvendo Wallace Souza), cujo crime, segundo a polícia, ocorria durante a realização de um programa policial que eles apresentavam em uma TV local e que foi extinto. Diferente do que ocorria nos tempos áureos, quando colegas com mandato faziam questão de tirar foto ao lado dos “irmãos Souza” para atrair o eleitorado, agora, parece que a família se tornou “pária” para a classe política, que quer vê-la bem distante.
Renúncia estratégica
Depois de ter sido reprovado nas urnas com 53 mil votos para deputado federal no ano passado, Carlos Souza optou por uma saída estratégica: renunciou ao mandato na Câmara dos Deputados sob a alegação de estar “decepcionado com os eleitores”, mas na verdade buscava fugir do julgamento do processo por tráfico de drogas no Supremo Tribunal Federal, última instância do Judiciário. O caso retornou à Justiça do Amazonas sem data para ser sentenciado.
Prêmio de Melo
Neste ano, no entanto, Carlos Souza foi premiado pelo governador José Melo (Pros), que o colocou na presidência da Jucea (Junta Comercial do Amazonas), cargo que ele ocupa sem aparecer, depois de uma saraivada de críticas nas redes sociais ao governador pela nomeação.
Itacoatiara sem Fecani
Depois de várias tentativas junto ao governo do Estado para obter o recurso integral para a realização do Festival da Canção de Itacoatiara, os organizadores do Fecani prometeram nesta sexta-feira, 7, cancelar o evento por falta de dinheiro. O governador José Melo (Pros) disse que só tinha R$ 500 mil para a festa, mas o festival tem um custo de R$ 1,1 milhão.
Promessa de patrocínio
Aliados do governador afirmaram à coluna que nem tudo está perdido. Segundo eles, Melo e o secretário de Cultura, Robério Braga, estão “correndo da sala para a cozinha” em busca de recursos com as empresas interessadas em fazer uma “boa ação” ao povo de Itacoatiara. O problema é que a tal crise econômica não está só na gestão pública.
Faltou público
Durante evento que discutiu o Orçamento Público e que contou com palestra do secretário municipal de Finanças, Ulisses Tapajós, nem mesmo os gestores do município e do Estado compareceram à reunião no auditório da Escola do Serviço Público, no Parque das Laranjeiras. No momento de crise, nem os cidadãos nem os servidores públicos parecem mostrar interesse pelo assunto.
‘Paradinha’
Quinze minutos foi o tempo que presidente STF, ministro Ricardo Lewandowski, disponibilizou nesta sexta-feira, 7, para os funcionários da Justiça Federal, que protestaram pela derrubada ao veto ao PLC 28/2015, que reajusta os sálarios dos servidores do Judiciário, informou uma nota do Tribunal de Justiça do Amazonas. Quem estava por perto informou à coluna que a “paradinha” ocorreu mais para que os assessores do presidente pudessem fazer uma foto.
E o Amazonas?
Na visita de Ricardo Lewandowski a Manaus, o governador José Melo apressou-se em conseguir para o magistrado uma Medalha da Ordem do Mérito do Estado, grau grã-cruz, (considerada uma das maiores honraria concedida pelo governo a um cidadão) pelos relevantes serviços prestados à sociedade brasileira. Na justificativa passada pelo governador, só não ficou claro o trabalho importante que o ministro desempenhou no Amazonas, nos últimos anos para receber tal homenagem. No Brasil, Lewandowski ficou conhecido como “advogado de defesa” dos mensaleiros, pela atuação no processo do mensalão.