Processo julgado nesta terça-feira é o que resultou na prisão do prefeito em fevereiro deste ano e no afastamento dele do cargo
MANAUS – Em votação unânime, o Tribunal de Justiça do Amazonas acatou a denúncia do Ministério Público do Estado do Amazonas contra o prefeito de Coari, Adail Pinheiro, e mais seis pessoas ligadas a ele que são servidores da Prefeitura do município, por crimes sexuais contra crianças e adolescentes. O processo 0003606-63.2014.8.04.0000, julgado na manhã desta terça-feira a portas fechadas é o mesmo em que o Ministério Público pediu a prisão de Adail Pinheiro e mais cinco pessoas, em fevereiro deste ano.
Com a aceitação da denúncia, Adail Pinheiro, Eduardo Jorge de Oliveira Alves, Elias do Nascimento Santos, Anselmo do Nascimento Santos, Francisco Erimar Torres de Oliveira, Alzenir Maia Cordeiro e Simone de Oliveira e Silva passam a condição de réus no processo que tramita sob segredo de Justiça. Desses, apenas Simone de Oliveira e Silva não está presa.
O acórdão da decisão deve ser publicado na próxima semana, quando começa a contar o prazo para recurso, mas o advogado de Adail Pinheiro e dos demais denunciados, Roosevelt Jobim Filho, já disse à imprensa que a partir de agora a defesa vai se dedicar à contestação das acusações do Ministério Público.
Depois do prazo para recurso, o desembargador relator do processo, Rafael Romano, começa a fase de instrução, quando serão ouvidos as testemunhas de defesa e acusação e os acusados.
Adail Pinheiro responde a outros cinco processos por prática de crimes sexuais contra menores de idade, e está preso desde o dia 8 de fevereiro deste ano em um quartel da Polícia Militar, em Manaus. Ele também foi afastado do cargo de prefeito em março do ano passado pelo desembargador Rafael Romano, a pedido do Ministério Público. A prefeitura de Coari está sendo administrada pelo vice-prefeito Igson Monteiro.