A prometida subcomissão permanente da Assembleia para fiscalizar, a cada três meses, o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado entre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia e as operadoras para a melhoria dos serviços de telefonia e internet no Amazonas é um fantasma criado pelos deputado Marcos Rotta (PMDB) e Marcelo Ramos (PSB), presidente e relator da CPI, respectivamente. Nada foi feito depois da aprovação do relatório da CPI, em maio. O relatório da CPI já foi um escândalo: os deputados pediram a prisão do presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), mas não previram qualquer punição aos verdadeiros responsáveis pelo caos nos serviços de TI no Amazonas, os dirigentes das empresas. Com esses foi feito um acordo de compadrio em que as empresas se comprometiam em melhorar os serviços, e só, sem qualquer previsão de punição em caso de descumprimento do acordo. O resultado está à mostra. Há mais de um mês o serviço de internet em Manaus se transformou em dor de cabeça para os manauaras. Um dia funciona, dois não. Os serviços de telefonia pioraram ainda durante os trabalhos da CPI e seguem ladeira abaixo. Nesta quarta-feira, boa parte dos telefones míveis em Manaus ficou sem serviço, principalmente os da Oi e da Claro. A internet sofreu novo apagão também nesta quarta-feira. Diante dos fatos, nem o presidente da CPI nem o relator botaram a cara na janela pra dizer um ai contra as operadoras. Marcos Rotta e Marcelo Ramos devem boas explicações para a sociedade. Precisam explicar, por exemplo, por que tamanha parcimônia com quem recebe o dinheiro da população mas não entrega o serviço contratado.