A direção do PPS divulgou nota nesta terça-feira, 19, para rechaçar a possibilidade de retorno do deputado federal Hissa Abrahão à legenda, que ele abandonou no mês passado para se filiar ao PDT. Nesta segunda-feira, 18, o PDT anunciou que expulsaria o novo filiado por ele ter votado contra a orientação do partido no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, no último domingo. A preocupação da direção estadual e municipal do PPS não é à toa. Depois da votação do impeachment, no domingo, o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, escreveu a seguinte mensagem no Twitter: “Hissa Abrahão pelo seu voto a favor do impeachment merece todo o respeito dos que fazem o PPS. Retoma com força à política e um digno futuro”. E outra frase: “Hissa Abrahão merece de todos nós que fizemos o PPS o respeito pelo seu voto a favor do impeachment. Recobra a confiança e o futuro digno”. Na entrevista coletiva concedida na tarde desta terça-feira, Hissa afirmou que não descarta a possibilidade de voltar ao PPS, mas que não conversou com ninguém do partido sobre o assunto.
Abaixo, os tweets de Roberto Freire e a nota do PPS regional:
Nota de repúdio à política feita por conveniências
Os movimentos organizados de Juventude, Mulheres e Sindical, militantes e dirigentes do Partido Popular Socialista no Amazonas, tornam público o seu posicionamento sobre a hipótese veiculada por setores da imprensa amazonense de Hissa Abrahão retornar aos quadros do PPS após expulsão do PDT, seu partido:
Convém para registro histórico, lembrar que Hissa Abrahão foi eleito deputado federal pelo PPS, no campo de oposição à Dilma Roussef, e em meio ao processo de articulações coordenado por Carlos Lupi, trocou a sigla de oposição por um partido na base do governo, ciente de que em não mais de 30 dias votaria a respeito do impeachment da presidente.
Com o comportamento dúbio, inconstante, irrefletido e inconsistente, o deputado enquanto esteve no PPS de Oposição manteve suspense a respeito do voto no impeachment de Dilma, dando a entender de que poderia contrariar a direção nacional votando contra o processo e a favor de Dilma. Após a migração para o governista PDT, Hissa manteve o suspense, demonstrando outra vez que agora poderia contrariar a direção do seu novo partido, dando demonstrações de que votaria contra o governo e a favor da oposição. Como quem acompanha o jogo sem torcer para ambos os times, Hissa ficou na arquibancada da história marcando cada ponto em sua vergonhosa tabela do oportunismo, e ao perceber que fizera a aposta errada no campo governista, nadou a favor da correnteza, votando com o lado que percebeu, seria o vitorioso. “Rei morto, Rei posto”, não teve gesto de grandeza, não votou pelo bem do Brasil ou por compromisso com o Amazonas e com seus eleitores como tenta nos fazer crer; votou a favor do impeachment por mera conveniência de quem desembarca de um governo que cai para tentar embarcar no novo governo que surge.
Pelo óbvio, somos contrários ao retorno de Hissa que ao sair, mentiu descaradamente tentando justificar o ato; contou mais de uma versão caluniosa a nosso respeito, chegando ao desvario de afirmar que estávamos sob intervenção nacional, taxando o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, de subserviente aos interesses externos, que segundo os delírios Hissarianos, nos obrigaria a retirar sua candidatura por uma imposição do governador Alckmin, como se Freire não fosse um respeitável líder nacional, e como se o PPS não tivesse autonomia nas suas decisões de instâncias regionais e não fosse um partido radicalmente democrata.
Hissa perdeu a coragem e a atitude que o fizeram deputado federal, e quem se perdeu no amor humano, abandonou causas coletivas de defesa do interesse da sociedade e passou a buscar os interesses individuais e benesses materiais, é como tesoura cega que não tem mais direito ao pano. Sua frustrada tentativa de retorno ao PPS é rechaçada por todos nós; é no mínimo falta de bom senso e de respeito, ele além de nos caluniar, agora tenta ridicularizar. O PPS Amazonas segue forte e em unidade, crescerá e contribuirá com a real mudança na sociedade, e na terra dos guerreiros Manaós e guerreiras Amazonas, neste 19 de Abril 2016, Dia do Índio, o oportunismo de quem faz a política apenas por conveniência, NÃO PASSARÁ!
Guto Rodrigues – Presidente Estadual do PPS AM
Edinaldo Sousa – Presidente do PPS Manaus
Manoel Almeida – Coordenador da Juventude do PPS