MANAUS – Uma reunião para a próxima terça-feira, dia 21 de julho, foi acertada entre o secretário de Estado de Planejamento, Thomaz Nogueira, e os representantes do Sindicato dos Empregados em Empresas e Vigilância de Manaus (Sindevam) para tratar da eventual substituição da segurança armada por agentes de portaria como medida para o enxugamento de custos do Governo. Um estudo com mapeamento dos setores da administração pública estadual que podem operar com agentes de portaria sem comprometer a segurança patrimonial e de pessoal está sendo concluído pelo Comitê Estratégico de Gestão do Estado.
Thomaz Nogueira explicou aos membros da diretoria do Sindevam que o Governo está empreendendo um grande esforço para garantir a manutenção da máquina pública mesmo com os impactos da crise econômica que afeta o país como um todo e, sobretudo, o Amazonas. “Tivemos o pior primeiro semestre da história, com uma perda de R$ 200 milhões na arrecadação”, comentou o secretário.
A repactuação de contratos com empresas terceirizadas de segurança é uma ação que se faz necessária na tarefa de diminuir os gastos, disse Nogueira. “O Estado vem fazendo o seu papel. Já cortou 702 cargos e custos de operação, mas a crise de aprofundou. Não é uma medida que agrade, mas o nosso compromisso é com a governabilidade”, acrescentou.
Entre as medidas estudadas pela equipe de técnicos do Governo estão a utilização de agentes de portaria durante o dia e agentes da policia militar durante a noite, nos órgãos que podem operar com esse modelo de segurança. “É uma forma de racionalização dos gastos com o menor dano possível”, ponderou.
Greve
Uma assembleia geral marcada para amanhã, dia 14, às 8h, na sede do sindicato, vai decidir se os vigilantes farão greve geral. O encaminhamento será tomado caso o governo do estado insista na substituição dos vigilantes por agentes de portaria. O anúncio é do presidente do Sindicato dos Vigilantes de Manaus, Valderli Bernardo. “Se houver a substituição, vamos parar tudo, inclusive as agências bancárias”, afirmou.
Na próxima terça-feira, dia 21, uma reunião com o governo vai estudar o que será possível fazer pra manter os vigilantes em seus postos nos prédios do estado. O pregão eletrônico para a contratação de agentes de portaria, marcada para a manhã de hoje, 13, foi suspenso. De acordo com o site da Comissão Geral de Licitação (CGL), a suspensão se deu “em decorrência de questionamento não respondido em tempo hábil”.
O sindicato ingressou com ação judicial para suspender o processo licitatório e fez um protesto em frente à sede do governo para impedir o desemprego de 4 mil vigilantes que fazem a segurança patrimonial de prédios públicos, entre eles, o Teatro Amazonas, Arena da Amazônia, Palacete Provincial, Centro Cultural dos Povos da Amazônia, escolas e estádios.
(Com informações das assessorias)