MANAUS – O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, marcou para a próxima quarta-feira, 7, uma reunião entre ele, diretores da Microsoft e da Fundação Nokia para encontrar soluções para o problema enfrentado pela instituição de ensino, que suspendeu o processo seletivo 2016 para novos alunos. Se não avançar a conversa com a Microsoft, mantenedora da Nokia e cujo contrato termina em 2 anos, a Seduc promete procurar outro mantenedor no próprio Polo Industrial de Manaus.
Rossieli disse que o governo não tem o menor interesse que a escola feche as portas e destacou a importância que a Fundação Nokia tem para o Distrito Industrial na capacitação de profissionais para o setor.
Na pior das hipóteses, exauridos todas as tentativas de encontrar um novo mantenedor para a instituição, o secretário da Seduc disse que o governo assume a escola, mas esse não é o ideal, porque o modelo da Fundação Nokia, com ensino médio técnico é muito lincado à realidade do Distrito Industrial. “A própria fundação vai ter que aceitar que o governo participe. Se assumirmos a instituição, não vai ser mais permitido a cobrança de mensalidade”, disse o secretário. Atualmente, há uma parte do ensino médio que a Nokia oferece que é privado, mas a instituição já comunicou que não vai mais oferecer turmas nesta modalidade.
O secretário também informou que enquanto não se encontra uma solução, neste primeiro momento, o governo vai garantir as despesas da escola para que possa ser feito processo seletivo de 2016. “Vamos trabalhar para garantir o processo seletivo e que funcione no próximo ano”, acrescentou Rossieli.
Associação de ex-alunos
Nesta segunda-feira, às 18h, está marcada a primeira reunião de ex-alunos da Fundação Nokia com o objetivo de criar um associação para trabalhar pela manutenção da instituição. A reunião será realizada no auditório da Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas, na zona centro-sul de Manaus.
No sábado, os ex-alunos fizeram uma manifestação em frente à Fundação Nokia para chamar a atenção da sociedade para a importância de se manter a instituição. Cerca de 500 pessoas participaram, entre ex-alunos, alunos e “futuros alunos”, ou seja, os filhos dos ex-alunos que esperam ver os filhos estudando na escola, considerada de excelência em Manaus.