Por Daisy Melo, da Redação
MANAUS – A indústria do Amazonas registrou queda de -1,1% em fevereiro deste ano em relação ao mês anterior. A produção industrial do Estado foi uma das cinco das 14 pesquisadas no País que apresentaram retração nesse período. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor já soma uma queda de -5,4%, índice acima do nacional que está em -4,8%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional divulgados nesta terça-feira, 11, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os avanços mais acentuados ocorreram em Goiás (3,7%), Ceará (2,3%), Santa Catarina (2,3%), Rio Grande do Sul (2,0%), Minas Gerais (1,8%), Espírito Santo (1,4%) e Região Nordeste (1,2%). Em termos nacionais, a evolução foi de 0,8%, após também avançar em janeiro de 2017 (0,9%) e dezembro do ano passado (0,6%), quando começou a trajetória descendente em julho de 2016.
Na comparação de fevereiro deste ano com igual mês de 2016, a produção industrial do Amazonas foi uma das cinco que apresentaram alta, índice de 5,6%. De acordo com informações do IBGE, os avanços foram impulsionados, principalmente, pelo desempenho positivo do segmento de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (televisores). Além da indústria local também tiveram resultados positivos Santa Catarina (4,1%), Paraná (4,0%), Minas Gerais (3,5%), Rio de Janeiro (3,4%) e Rio Grande do Sul (0,5%).
Segundo o disseminador de informações do IBGE no Amazonas, Adjalma Marques, o avanço da produção industrial em fevereiro de 2017 frente a igual mês do ano anterior, se deve ao aumento de seis das dez atividades pesquisadas. “Vale mencionar ainda os avanços vindos dos setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (41,6%), de máquinas e equipamentos (113,1%), de impressão e reprodução de gravações (67,0%) e de produtos de borracha e de material plástico (21,2%)”, afirmou
Em relação as quedas nesse período de fevereiro de 2017 e mesmo mês do ano passado, Mato Grosso (-11,0%) registrou a mais intensa, pressionado, principalmente, pelo recuo na produção do setor de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e óleo de soja em bruto). Também registraram perdas mais elevadas do que a média da indústria (-0,8%) os Estados da Bahia (-4,6%), Pará (-4,2%), Espírito Santo (-3,2%), Ceará (-2,5%), Pernambuco (-2,2%), a Região Nordeste (-2,1%) e São Paulo (-1,6%).
Em termos de taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, a indústria do Amazonas, apesar do índice negativo, foi um dos locais pesquisados que apresentou ganho de ritmo, passando de -7,8% para -5,4%. No total, 14 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas em fevereiro de 2017, mas 10, além do Amazonas, apontaram maior dinamismo frente aos índices de janeiro último, como Pernambuco (de -5,5% para -3,4%), Espírito Santo (de -16,0% para -14,9%), Minas Gerais (de -4,5% para -3,5%), Paraná (de -3,2% para -2,3%) e São Paulo (de -4,2% para -3,4%). Nacionalmente, foi registrado o recuo de 4,8% em fevereiro de 2017, permanecendo com a redução no ritmo de queda iniciada em junho de 2016 (-9,7%).