SÃO PAULO – Cresci em um lar Cristão Batista, daquelas crianças que ia para a escola bíblica dominical, decorava versículos e não faltava sequer um clube bíblico aos sábados. Óbvio que essa realidade imposta a mim não é tão incomum já que vivemos em uma sociedade pseudo-cristão mas isso é assunto para um outro texto. Quando tornei-me adolescente por meus próprios méritos entendi que o Deus me eu me comunicava desde criança era um Deus que eu sentia e acreditava, esse breve resumo é para explicar o contexto religioso que o texto vai discorrer até o final.
Acontece que a ideia do Cristianismo deturpou-se, em algum momento quem sempre falou de amor começou a odiar, quem sempre falou sobre paciência começou a ser intolerante, quem sempre pregou sobre a bondade começou a fazer mal para as pessoas, isso porque começaram a entender que se tudo não for da forma como determinado grupo religioso pensa, precisa ser excluído. Uma ideia que vai contra tudo aquilo que Jesus, o homem que segundo a Bíblia veio ao mundo para ser exemplo de amor e bondade, sempre falou e espalhou em sua breve vinda a terra.
Muito embora o texto pareça ser um ataque contra Cristão, na verdade o que critico é a forma como algumas pessoas usam a religião para ser preconceituosa, homofóbica e até racista. Dentro dessa complexidade e um festival de hipocrisias a gente segue testemunhando a sociedade e até mesmo a política sendo influenciada por uma religiosidade cega e mau caráter.