Da redação
Manaus – Acusado de planejar a morte do pai, da tia e da sobrinha, Jimmy Robert de Queiroz Brito vai ficar no isolamento da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) até o julgamento, marcado para o dia 21 de novembro, por medida de segurança. A decisão é do juiz da Vara de Execuções Penais da Comarca de Manaus, George Hamilton Lins Barroso, e foi comunicada à direção do presídio na manhã desta sexta-feira (13 de setembro).
O pedido de transferência foi feito pela defesa de Jimmy. O advogado argumentou que o réu está isolado, sem contato com os demais presos e que isto está afetando sua saúde mental. Disse também que o isolamento dificulta a adaptação do seu cliente ao sistema prisional pela falta de convívio social.
Lins Barroso consultou a direção do presídio e foi informado que não era possível garantir a segurança de Jimmy caso ele fosse transferido para o convívio com os demais presos. O Ministério Público do Estado (MP-AM) também se manifestou contrário à saída do isolamento, sob o argumento de que a medida não era punitiva, mas de proteção ao réu.
A promotoria lembrou que em maio deste ano um dos autores do triplo homicídio da família Belota, Rodrigo Moraes Alves, foi agredido e sofreu tentativa de estrangulamento no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), onde aguarda o julgamento.
Diante do quando de insegurança, o juiz disse, no despacho, que “é temerário deferir o pedido, uma vez que o crime imputado a Jimmy Robert causou grande comoção social e repulsa entre os internos da unidade, que dentro de uma ‘ética’ própria, rejeitam aqueles que cometem determinados delitos, como os sexuais, os praticados contra crianças, idosos, família, etc”.
Jimmy Robert, Rodrigo de Moraes Alves e Ruan Pablo Bruno Claudio Magalhães serão julgados pelo Juri Popular em 21 de novembro, acusados por homicídio triplamente qualificado contra Maria Gracilene e Gabriela Belota (tia e sobrinha de Jimmy), e duplamente qualificado contra Roberval Roberto de Brito (pai de Jimmy), além de furto qualificado.