Do ATUAL
MANAUS – O réu Rafael Cascais Coelho foi condenado a 32 anos de prisão, em regime inicial fechado, pelo homicídio do próprio filho, uma criança de um ano de idade. O crime ocorreu no dia 15 de novembro de 2017, na área rural do município de Autazes (a 108 quilômetros de Manaus). A criança morreu devido aos efeitos causados por espancamento.
Rafael Cascais Coelho foi denunciado pelo Ministério Público pelo crime de homicídio qualificado (praticado por motivo torpe e mediante uso de tortura ou outro meio cruel).
Rafael Cascais Coelho está foragido e foi julgado à revelia. Na sentença, a juíza Danielle Monteiro Fernandes Augusto determinou o cumprimento provisório da pena, mas em razão da fuga o mandado de prisão expedido pela magistrada desde o dia 31 de agosto de 2022 – ainda durante a fase de instrução processual – continua em aberto.
Segundo a denúncia do MP, Rafael Cascais, durante um ataque de fúria, conduziu o filho até o curral da fazenda onde trabalhava. No local, segurou a criança pelos braços e pernas e a jogou com violência no chão, repetindo o ato por duas vezes e cessando somente com a chegada da mãe da criança – que fazia aniversário naquele dia – que tentou socorrer o filho.
Conforme os autos, ao ser socorrida, a criança aparentava estar com o pescoço quebrado. A mãe, então, exigiu que Rafael a levasse com o menino até o outro lado do rio onde fica o hospital do município. No entanto, ao chegar à outra margem do rio, foi abandonada por Rafael e precisou conseguir uma carona para chegar até a unidade médica.
A criança estava sem vida. Na declaração de óbito constante do processo, a causa da morte foi “politrauma” e “traumatismo cranioencefálico”. Testemunhas relataram que o menino vivia com hematomas no rosto e pescoço.