Os deputados estaduais estão há três dias disparando de uma artilharia pesada contra o MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas) pelo fato de o promotor Edílson Martins abrir investigação sobre o patrimônio dos parlamentares. As falam chegam ao absurdo de “detonar” a jornalista que escrever a matéria com base em documentos oficiais e que deu origem à investigação. O MP investiga a diferença de até 171% entre a declaração de bens de deputados apresentada na campanha eleitoral de 2014 e a apresentada à Assembleia Legislativa no início deste ano. Nesta quinta-feira, 18, os deputados Sabá Reis (PR) e Adjuto Afonso (PP) voltaram à baila na tribuna da Assembleia Legislativa. Na quarta-feira, 17, Serafim Corrêa (PSB) fez um pronunciamento questionado a competência do MP-AM para investigar o caso. Para ele, essa competência é da Receita Federal. Serafim, inclusive, questionou por que o MP-AM não investiga os próprios salários, e disse que há procurador de Justiça recebendo até R$ 76 mil por mês (salário bruto), valor bem acima do teto constitucional do funcionalismo público, de R$ 33,7 mil.