Da Redação
MANAUS – O empresário Belmiro Vianez Filho, dono das lojas Belmiro’s, afirma que a Zona Franca de Manaus não é problema somente do governo federal, mas há uma parcela de culpa da sociedade, empresários e políticos do Amazonas. “Nós nos tratamos muito mal. Antes que o governo federal nos trate mal, e trata mal, nós nos tratamos também”, afirmou em entrevista à Rádio Mix, de Manaus, na sexta-feira, 22.
Um dos entraves, segundo Vianez Filho, é a política misturada com os aspectos econômicos. “Há uma relação ruim com o poder público, há uma relação ruim com as instituições públicas. Isso tem trazido muitos problemas para todos nós. Nós não vemos isso em outros estados do Norte. Eu tenho empresa no Pará e é impressionante como lá a questão política está completamente separada da questão empresarial”, diz.
De acordo com Belmiro Vianez, há uma preocupação em implantar grandes projetos econômicos no Amazonas, mas é preciso resolver antes pequenos problemas internos. “Todo mundo pensa em grandes projetos, matrizes econômicas, vamos buscar isso, vamos fazer aquilo não sei aonde, vamos trazer o PPB. Antes disso, nós temos que desobstruir coisas simples da nossa região”, disse.
Entre as mudanças necessárias, o empresário cita as dificuldades em logística. “É lamentável que hoje estejamos mais distantes do Centro-Sul do que estávamos há vinte anos. E é mais caro hoje trazer produtos de São Paulo do que há 20 anos. Isso significa distância econômica. A distância geográfica pouco importa, porque hoje eu trago produtos mais baratos da China do que de São Paulo”, compara.
Belmiro Vianez diz que a relação entre empresários e instituições do governo é conflituosa. “Nós temos, inclusive, uma relação conflituosa com a Receita Federal, nós temos uma relação conflituosa com as secretarias de fazenda para entender esse modelo”.
Para Belmiro Vianez, essas questões poderiam ser resolvidas sem muitos investimentos, apenas com vontade política e tempo. “Nós temos problemas internos muito maiores que não demandariam muita coisa, não demandaria investimento, demandaria tempo e vontade política”, afirma.
Plano Dubai
Para o empresário, o plano Dubai não representa novidades para a região. “O plano Dubai identifica algumas potencialidades nossas, turismo, fármacos. Assim, não tem nada de novo no plano Dubai. Isso eu já escutei com o governador Amazonino Mendes, já escutei no tempo do Gilberto Mestrinho”, diz. “Eu vejo esse plano Dubai como uma poesia, como mais um projeto para entrar”, afirma Vianez.
Comércio
De acordo com Vianez, a priorização da ZFM deixou o comércio de lado. “O esforço todo dos últimos tempos foi para a manutenção do distrito industrial. Mas parece que a contrapartida foi a desestabilização do setor comercial”, afirma.
Belmiro explica que o comércio seria uma forma de haver redução nos preços da cesta básica para que o cidadão ganhe com a ZFM. “Só o comércio pode reduzir preços aqui praticados. Eu vou dar um exemplo: toda vez que tem um problema sério nacional de trigo, de carne, o que é que o governo federal faz? Diminui as alíquotas de importação desses produtos para que esses produtos cheguem mais baratos no Brasil”.
O empresário questiona a razão pela qual isso não é aplicado no mercado e cita a alta carga tributária do Amazonas. “Por que não se transformar isso em preço para a sociedade? Porque a contrapartida do governo estadual ela não vem de jeito nenhum, os impostos são caros, a carga tributária desse estado é, eu posso garantir para vocês, a maior do Brasil”.
Amazônia
Belmiro Vianez critica a postura dos representantes políticos do Amazonas de forma geral quanto à preservação da floresta na região. Para ele, a Amazônia se coloca como moeda de troca que sofre cada vez mais ameaças. “O que me surpreende é que com todas essas ameaças nenhum deputado federal, nenhum senador, resolveu se reunir com a classe empresarial do Amazonas. Isso é assustador, essa gente não tem a solução no bolso deles”.
Segundo Belmiro, não há uma consulta ou participação da sociedade por parte da classe política. “Isso é assustador, essa gente não tem a solução no bolso deles. Essa gente precisa consultar a sociedade, consultar os atores dessas atividades. Eles, na verdade, são representantes de Deus, sabem tudo”, critica.
Como que nós amazonenses vamos concorer com o mundo dos asiáticos e outros países tudo aqui no Brasil é burocrático põe dificuldades para vender facilidade aí já viu. Mas nós temos o turismo extração de minerais que ainda são valiosos mas a cambada dos políticos não fazem nada de nadica de nada Vergonha Vergonha amazonense