Por Iolanda Ventura, da Redação
MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), negou que o estado esteja sob uma segunda onda da pandemia de Covid-19, mas disse que algumas situações servem como alerta. Em anúncio na manhã desta terça-feira, 27, Lima prorrogou o Decreto nº 42.794, de 24 de setembro de 2020 que proíbe o funcionamento de bares, flutuantes e balneários no Amazonas para até o final de novembro.
“Nós não temos indicativo de segunda onda, mas há algumas situações que têm acontecido que tem nos deixado em estado de alerta e fez com que o Estado começasse a avançar no seu plano de ampliação da rede hospitalar”, disse.
O governador atribui às campanhas eleitorais o aumento de casos da doença nos municípios. “Os eventos políticos, convenções, caminhadas, fizeram com que os casos aumentassem no interior”, afirmou.
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Outro fator que gera preocupação é a chegada do período chuvoso. “Nós estamos também tendo a antecipação do período chuvoso. E isso facilita o aumento de síndromes respiratórias”, disse Lima.
Esse aumento fez com que o hospital referência no atendimento à Covid-19 no Amazonas alcançasse seu limite no último fim de semana. “E todo esse cenário tem causado uma pressão sobre a nossa rede e tem feito com que algumas unidades atingissem a sua ocupação máxima. É o caso por exemplo do Hospital Delphina Aziz, que no fim de semana acabou atingindo quase que na sua totalidade de leitos de UTI”, afirmou.
Como medidas de contenção da propagação da doença, o governo manterá bares, restaurantes e flutuantes fechados. Também adotou plano de contingência para ampliar a quantidade de leitos de UTI para atender pacientes de Covid-19.
“São ações que nós estamos tomando para ampliar a nossa rede de atendimento e evitar situações como as que passamos no pico da pandemia entre maio e abril”, disse.