Da Redação
MANAUS – O governador eleito do Amazonas, Wilson Lima (PSC), anunciou na tarde desta terça-feira, 30, os integrantes da comissão de transição. A lista tem três nomes de fora do Estado: o ex-secretário de Educação do Estado de São Paulo Gabriel Chalita, o ex-secretário de Saúde de São Paulo David Uip e o administrador e economista Humberto Laudares.
O vice-governador eleito Carlos Almeida Filho, o deputado estadual Luiz Castro (Rede) e o general da reserva do Exército Brasileiro Franklimberg de Freitas também irão compor a equipe.
Gabriel Chalita é ex-deputado federal do Estado de São Paulo. Em 2016, o parlamentar foi citado na delação premiada da empresa JBS, de Joesley Batista. Ele foi acusado de receber dinheiro da empresa do ramo de alimentos envolvida na Operação Lava Jato, para a campanha eleitoral de 2012, quando disputou a Prefeitura de São Paulo pelo PMDB (atual MDB). Os pagamentos para a campanha, segundo um dos delatores, ocorreu a pedido de Michel Temer, que era vice-presidente do PMDB à época.
Nas eleições deste ano, Chalita, filiado no PDT, foi convidado para disputar o Senado, mas recusou o convite. A revista Época informou que ele ainda se sentia incomodado, segundo interlocutores, com a forma como foi exposto nas delações da JBS.
Questionado sobre o assunto, na tarde desta terça-feira, durante a entrevista coletiva de apresentação da equipe de Wilson Lima, Chalita se defendeu e disse que sequer foi chamado a depor sobre o caso, porque o delator não disse que repassou dinheiro a ele, mas ao atual presidente da República, Michel Temer.
Em entrevista ao ATUAL, Chalita afirmou que foi convidado por Wilson Lima para colaborar com propostas para a educação. Ele disse que a experiência com a educação no Amazonas é baseada na atuação dele como presidente do Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação).
“Eu convivi com secretários do Amazonas na época, dei várias palestras aqui, e o conhecimento que eu tenho é de estudo do que é a região amazônica, do que são essas etnias, o que significa formação em duas ou quatro línguas para valorizar esse processo cultural. É ajudar essa aproximação dessas ideias com os professores”, disse Chalita.
Humberto Laudares (PPS) é administrador e PhD em economia. Ele disputou o cargo de deputado federal pelo Estado de São Paulo nas eleições gerais de 2018, mas não obteve votos suficientes para se eleger.
O economista afirma que estuda sobre a economia do desenvolvimento e economia setor público. Ele diz que é “relativamente familiar coma questão econômica não só no Amazonas, mas nacional também”. “Eu tenho até um artigo acadêmico sobre o Amazonas que eu apresentei em várias escolas do mundo inteiro”, disse Laudares.
Questionado sobre quais seriam as dificuldades no processo de construção, o economista afirmou que ainda vai conversar com os membros da equipe para tomar conhecimento da realidade do Estado. “Eu acho que um economista que chega com a receita pronta, ele chega no lugar errado. Ele precisa entender melhor e falar com as pessoas e para entender de fato os problemas e não só os dados”, afirmou.
Franklimberg de Freitas foi chefe do Centro de Operações do Comando Militar da Amazônia. Ele também assumiu o posto de presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio) em janeiro de 2017, mas foi exonerado em abril deste ano. De acordo com o governador eleito Wilson Lima, o general da reserva deve chegar a Manaus nos próximos dias.
Além de ex-secretário estadual de Saúde de São Paulo, David Uip é ex-diretor-executivo do Incor (Instituto do Coração de São Paulo), da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). Ele também assumiu a função de diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Conforme Wilson Lima, Uip deve chegar amanhã na capital amazonense.
Santa Madalena, mal começou já trouxe corrupto para o nosso Estado, caras esses citados na lava jato. Realmente é uma vergonha para os Amazonenses. Realmente Amazonense é burro mesmo ao invés de escolher um AMAZONENSE para administrar o Estado, elege um Paraense que trás para o Estado três ex-secretarios de São Paulo corruptos. Gabriel Chalita foi citado três vezes na Lava Jato.