
Da Redação
MANAUS – A partir de segunda-feira, 27, o preço da saca de cimento de 42,5 kg vendido pela empresa Votorantim Cimentos terá ajuste de R$ 1,50 para todos os segmentos no Amazonas e em Roraima. O aumento de preço foi anunciado pela própria empresa na última quarta-feira, 22, em documento enviado aos revendedores.
A empresa alega que o aumento do preço é necessário em função do aumento contínuo dos custos variáveis de produção. A medida vale para as lojas de varejo, distribuidores, home centers, construtoras e clientes industriais.
De acordo com um revendedor consultado pela reportagem, em Manaus, as empresas vendem o saco de cimento de 42,5 kg aos revendedores pelo preço de R$ 29 para quem for buscar na distribuidora da empresa e R$ 30 para receber o material na loja.
Com a margem de lucro da revenda, o preço do saco do cimento, atualmente, sem o novo reajuste, alcança o valor médio de R$ 35. Devido ao novo reajuste, o valor do produto ao consumidor final deve ser elevado a R$ 37.
Até junho, consumidores adquiriam o produto por R$ 27 nas lojas de material de construção em Manaus, mas no início deste mês o valor saltou para R$ 29, depois para R$ 33, chegando a R$ 42, conforme noticiado pelo ATUAL. Esse aumento, inclusive, gerou uma inspeção do Procon Amazonas no último dia 17 de julho e autuação de lojas.
A empresa Votorantim Cimentos, que distribui no Amazonas e Roraima a marca Poti, chegou a deixar de vender o produto na primeira quinzena deste mês em Manaus.
Aumento
Pesquisa feita pela reportagem do ATUAL no dia 14 deste mês mostrou que os preços de materiais de construção como cimento e tijolo pesaram no bolso do consumidor em Manaus em plena pandemia do novo coronavírus.
Na terceira semana deste mês, o saco do cimento variou de R$ 29 a R$ 42, dependendo do pagamento (dinheiro ou no cartão de crédito). Para adquirir um milheiro de tijolo, o consumidor tinha que desembolsar R$ 1 mil. Além dos altos preços, o cliente precisava lidar com a falta dos produtos nas lojas.
Antes da pandemia, o milheiro do tijolo era vendido a R$ 550, em média, em Manaus.
Um dia após a publicação da matéria, o Procon Amazonas pediu esclarecimentos de quatro lojas de Manaus sobre os valores do saco de cimento e do milheiro de tijolo. Três lojas foram autuadas pelos órgãos de defesa do consumidor por prática abusiva de preço.

No último dia 18 de julho, o Procon Amazonas notificou mais 12 lojas de materiais de construção em Manaus para explicarem os preços cobrados pelo milheiro do tijolo e saco de cimento. De acordo com o órgão estadual, foram 33 estabelecimentos notificados na semana passada.
O Procon constatou aumento abusivo de preços entre abril e junho deste ano, período do pico da pandemia do novo coronavírus no Amazonas. Também foi verificado falta desses produtos em algumas lojas.
As equipes do Procon visitaram lojas nos bairros Parque Dez, Parque Riachuelo, Parque das Laranjeiras, Santa Etelvina e Nova Cidade, nas zonas centro-sul e norte da capital, e prometeram multar em até R$ 3 milhões as empresas que tiverem aumentando o preço irregularmente.
Confira o documento da Votorantim:
