Da Redação
MANAUS – Dados como sintomas, circunstâncias do tratamento, medicação e o comportamento antes da morte serão utilizados para identificar se pessoas mortas em casa em Manaus foram vítimas de Covid-19. A Prefeitura de Manaus, que realiza a inspeção, não informou que a causa da morte na Certidão de Óbito será considerada na investigação.
Das 104 apurações feitas pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde em 654 registros de óbitos, 43 foram qualificadas, sendo 27 alteradas para Covid-19 e 16 descartadas. Outras 27 estão sendo revisadas e 37 não tiveram os endereços localizados pela equipe. Ainda faltam 550 óbitos.
O trabalho é para reclassificar mortes não especificada, com base nos novos critérios de encerramento estabelecidos na revisão do Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, divulgado no último dia 6 deste mês. No registro do Cievs/Manaus, constam 654 óbitos ocorridos entre os meses de abril e junho deste ano, que precisam ser encerrados.
“Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que esse trabalho não afeta, em nenhuma hipótese, os dados atuais referentes à Covid-19 em Manaus, não vai acrescentar nenhum número aos atuais, que têm como parâmetro os registros das últimas 24 horas”, disse o secretário municipal de Saúde Marcelo Magaldi. “Até o momento, nossa vigilância epidemiológica não conseguiu vislumbrar uma segunda onda e vamos continuar trabalhando para manter essa estabilidade”.
Segundo ele, qualquer variação que haja, será apenas no acumulado de casos. “Não são novas mortes por Covid-19, são óbitos anteriores cuja causa não estava definida com exatidão. Se houver aumento, será no acumulado”, afirma.