Por Iolanda Ventura, da Redação
MANAUS – Em resposta à intenção de vereadores para que a Amazonaves/Jackie Tour suspendesse os voos para Itamarati (a 983 quilômetros de Manaus) para evitar a transmissão do novo coronavírus, o MP-AM (Ministério Público do Amazonas) recomendou que a empresa mantenha os serviços. O promotor de justiça Caio Lúcio Assis Barros avalia que o fechamento do único aeroporto pode levar ao desabastecimento de produtos médicos e alimentícios na cidade.
A população de 7.851 habitantes depende prioritariamente do transporte fluvial para ter acesso a outras cidades, já que não possui rodovias. De acordo com Caio Barros, o transporte aéreo é o único meio de ligar Itamarati com o resto do estado de maneira rápida e eficaz, uma vez que a ida de barco para a cidade mais próxima, Carauari ou Eirunepé, dura cerca de dois dias.
O promotor afirma que no município há mobilização liderada por vereadores para interditar o aeroporto. Barros considera que é função do Poder Público Municipal a instalação de barreiras sanitárias para avaliar os passageiros e controlar a Covid-19, e não da empresa de transporte aéreo, como prevê o Decreto Municipal nº 535 de 25 de março de 2020.
Barros alega ainda que a regulação do meio de transporte aéreo é de responsabilidade do governo federal e em virtude disso, recomenda que a Câmara de Vereadores de Itamarati pare de tentar interferir na liberdade econômica, bem como na segurança dos meios de transporte.
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