Da Redação
MANAUS – Um projeto de lei municipal nº 167/2018, do vereador Wallace Oliveira (Podemos), proíbe a atividade de malabarismo com facas e fogos nos cruzamentos e semáforos de Manaus. O vereador alega que os malabaristas ameaçam motoristas quando não recebem dinheiro.
“Eu recebi um vídeo no qual um motociclista é intimidado por um desses artistas, que estava com facões. Precisamos tomar uma providência antes que aconteça uma morte nos semáforos. Eu me solidarizo com esses artistas que estão tentando ganhar seu dinheiro, mas essa prática coloca em risco a vida de outras pessoas”, disse.
Chico Preto (PMN), colega de plenário, defendeu que Secretaria de Segurança Pública vigia os ‘artistas de rua’. “É uma prática que coloca em risco a vida, até dos pedestres que por ali passam. De repente, em um acidente, esses facões escapam da mão e atinge um motorista, um motoqueiro, um transeunte que está passando no momento, e nós vamos aqui lamentar o ocorrido. O projeto do vereador é bom, mas é preciso que a Secretaria de Segurança tome para si essa responsabilidade”, afirmou.
Roberto Sabino (PHS) ponderou. Segundo o vereador, o projeto tira a renda daqueles que estão buscando sobreviver. Ele defende que o Estado e Município busquem soluções de retirar os malabaristas dos semáforos. “Acredito que o governo possa oferecer cursos técnicos para estes artistas, para que eles tenham a oportunidade de sobreviver. Muitos deles são nossos amigos venezuelanos que vieram de uma situação sofrida em busca de oportunidades, por isso, creio que devemos buscar outras alternativas”, argumentou.
A tese foi reforçada pelo Professor Samuel (PHS). “Devemos discutir locais onde esses artistas possam se apresentar, como por exemplo a Ponta Negra (área de lazer e turismo na zona oeste de Manaus), que é um ponto turístico e tem grande movimentação. Não devemos apenas proibir a atividade, mas encontrar outros meios para que esses artistas de rua possam ter o seu ganha-pão”.
Carlos Portta (PSB) propôs a regulamentação da atividade. “É uma arte de rua perigosa. Às vezes, esses artistas estão com cinco, seis e até sete facões nas apresentações colocando em risco os carros que estão na primeira fileira e os pedestres. Então, seria importante encontrar uma forma de regulamentar a atividade para controlar quem as pratica”.