MANAUS – O vereador Waldemir José (PT) disse nesta quinta-feira, 6, que vai solicitar, na próxima segunda-feira, 10, o comparecimento do secretário de finanças do município de Manaus, Ulisses Tapajós, e convidar os ex-secretários para prestarem esclarecimentos sobre os possíveis “rombos” da prefeitura, anunciado pela atual gestão do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB).
Desde o ano passado, o prefeito e o secretário Ulisses Tapajós afirmam que herdaram da gestão anterior uma dívida de R$ 350 milhões. Na semana passada, o prefeito enviou uma Mensagem calçando um projeto de lei que pedia autorização da Câmara para contratação de empréstimo de R$ 500 milhões com o Banco Mundial para pagamento de dívida, que, segundo o documento, era de R$ 345,6 milhões em 2013 e foi reduzida a pouco mais de R$ 200 milhões este ano. Na prestação de contas do ex-prefeito Amazonino Mendes do exercício de 2012, o TCE revelou que não ficou dívida de R$ 350 milhões. Ao contrário, o município encerrou o ano com dinheiro em caixa para quitar os restos a pagar.
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Com base nessas informações, o parlamentar do PT avalia que justificaria a convocação do secretário e dos ex-secretários de finanças para confrontarem as informações prestadas aos vereadores. Waldemir José disse ainda que, caso seu requerimento de convocação não seja aprovado pelos demais vereadores, ou os convocados se negarem a prestar esclarecimento e se esse esclarecimentos não forem convincentes, ele iniciará coleta de assinaturas para solicitar a instalação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito ) para apurar as denúncias. “Na ausência de boa vontade, a CPI é o caminho para ser trilhado”, disse Waldemir.
De acordo com parlamentar, em fevereiro do ano passado, o prefeito Artur Neto (PSDB) encaminhou ao TCE relatório afirmando que a sua administração tinha herdado uma dívida de R$329 milhões da gestão do ex-prefeito Amazonino Mendes, justificando que alguns serviços públicos como; coleta de lixo, segurança das escolas, iluminação pública, dentre outros, estavam na eminência de não serem realizados pela falta de recursos em caixa. “Essa situação exige esclarecimento, uma vez que Arthur Neto afirma que a gestão anterior deixou uma grande dívida e o TCE afirmou esta semana que as contas do ex-prefeito estão regulares” disse.