Por Teófilo Benarrós de Mesquita, da Redação
MANAUS – O vereador Elissando Bessa (Solidariedade) acusou o Avante de usar a estrutura e a influência da Prefeitura de Manaus para tentar tirar seu mandato na CMM (Câmara Municipal de Manaus). Ele se pronunciou sobre a votação unânime do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que refez decisão do TRE-AM (Tribunal Eleitoral do Amazonas), que validou os votos de Rodnei Ramos (Avante) e mudou o resultado final da eleição proporcional de 2020.
“Nós vencemos o sistema. O sistema foi derrotado. Esse candidato usou de toda a estrutura da Prefeitura de Manaus, os advogados da Prefeitura de Manaus, usou secretários e subsecretários da Prefeitura de Manaus, querendo o mandato legítimo de um vereador que prestou contas ao TRE, que sou eu”, afirmou nesta segunda-feira (13). “Ganhamos a cadeira aqui na Câmara legitimamente”.
Bessa disse que “eles deram como certa a vitória, porque tinham influência, porque tinham dinheiro, porque tinham influência de grandes advogados, que são ligados à OAB e até à PGM (Procuradoria Geral do Municípios)”.
Dizendo-se conhecido de infância do prefeito David Almeida, o vereador questionou “porque o Avante, que tem quatro cadeiras aqui nessa casa, com vários secretários dentro da prefeitura, quis tanto atacar o vereador que ganhou o mandato legitimamente? Fui criado com o prefeito no Morro da Liberdade. Não sei porque esse ataque!”.
Com 4.189 votos não contabilizados por indeferimento na candidatura em razão de irregularidades na prestação de contas das eleições 2016. Rodnei foi o 44º candidato mais votado e ficou em sexto lugar entre os candidatos do Avante. Ao ter seus votos validados, por decisão do TRE-AM, gerou uma nova totalização de votos e aumentou o quociente eleitoral do Avante, que passaria a ter um quinto representante na CMM, tirando a vaga do Solidariedade. Se confirmada a decisão do TRE-AM, Alonso Oliveira, titular da ManausCult, assumiria a vaga de vereador, no lugar de Bessa.
“Quero dizer que não vai haver isso”, disse Bessa na tribuna da Câmara, soltando um sorriso ao final da frase. “Depois da decisão [do TRE-AM] recorremos e ganhamos de forma esmagadora no TSE, por sete votos a zero, em cima dessa decisão equivocada do TRE aqui”.
Elissando Bessa conquistou o mandato na reta final da apuração da eleição de 15 de novembro de 2020. Com 99,30% das urnas contabilizadas, o Solidariedade não tinha quociente eleitoral necessário para conquistar uma das 41 cadeiras na CMM. Ao final da totalização dos votos o partido ganhou o direito a uma vaga, tirando da composição atual o segundo representane do DC (Democracia Cristã), Isaac Tayah, que buscava o sétimo mandato.