Por Felipe Campinas, da Redação
MANAUS – O valor de R$ 1 milhão para o TCE-AM (Tribunal de Contas do Amazonas) construir prédio anexo gerou dúvida entre os deputados Serafim Corrêa (PSB) e Dermilson Chagas (Podemos) nesta quinta-feira (16). Eles afirmam que o valor é baixo para a construção de um prédio do porte pretendido pelo tribunal e solicitaram que técnicos do órgão prestem explicações sobre a obra.
“Onde vai ficar o anexo? Onde é esse prédio? Anexo, que eu sei, é ao lado. Ou seria em outro local? Ninguém sabe. O projeto é simplório, não tem maiores explicações”, disse Corrêa. Chagas complementou: “Acho que até R$ 1 milhão é muito pouco para esse objetivo que querem alcançar”.
Na quarta-feira (15), o Governo do Amazonas pediu autorização da Assembleia Legislativa do Amazonas para direcionar R$ 1 milhão do orçamento para a “construção do prédio anexo do TCE”. O Projeto de Lei nº 433/2021, que pede a abertura de crédito adicional especial para a obra, não aponta detalhes da estrutura, como a localização e o valor total.
Nesta quinta-feira (16), na sessão da Assembleia Legislativa do Amazonas, Corrêa levantou dúvidas sobre o valor da obra. “É impossível fazer um anexo, qualquer que seja ele, por R$ 1 milhão. O que eu vislumbro aqui? E quero estar enganado. O anexo não vai custar R$ 1 milhão, vai custar muito mais do que isso”, disse o deputado.
Serafim lembrou que a proposta está tramitando em regime de urgência e pediu ao presidente da sessão, o deputado Carlinhos Bessa (PV), que a Assembleia Legislativa do Amazonas convide técnicos do TCE para exporem o projeto de construção do anexo por R$ 1 milhão. “É R$ 1 milhão ou são R$ 120 milhões? Nós precisamos saber”, disse o parlamentar.
Ao justificar o convite, o deputado afirmou que não se sentiria à vontade para aprovar “um negócio” que inicia com valor de R$ 1 milhão e, no final, custará R$ 120 milhões. “Nós seríamos irresponsáveis se fizéssemos isso. Não custa nada o TCE, pelo seu órgão técnico, vir aqui e expor o projeto de R$ 1 milhão”, finalizou Corrêa.
Chagas disse que o TCE, na gestão da conselheira Yara Lins (2018-2019), realizou reforma e ampliação da sede do órgão. “Acho que até R$ 1 milhão é muito pouco para esse objetivo que querem alcançar. Mas eu me lembro que a doutora Yara Lins, que saiu recentemente, fez uma reforma e uma ampliação lá dentro”, afirmou.
O deputado também disse que o valor para a obra é baixo. “Uma outra criação de um anexo de R$ 1 milhão acho que é uma coisa pequena. Não sei que tamanho é isso. Eu acho que R$ 1 milhão não atinge o seu objetivo. Mas (é preciso) saber o que foi aquela reforma que a conselheira Yara fez, que foi uma bela reforma, e ampliação também”, disse.