Da Folhapress
SÃO PAULO – A UNE (União Nacional dos Estudantes) convocou estudantes de todo o país para uma mobilização nacional na próxima quarta-feira (15) contra os cortes de verba nas universidades federais anunciados pelo governo Jair Bolsonaro (PSL).
Sindicatos ligados à educação já haviam anunciado paralisação e manifestações nessa data contra a reforma da Previdência.
Com o anúncio do bloqueio de verbas e a suspensão de bolsas de pesquisa, a UNE decidiu fazer uma nova convocação para os protestos e colocar a reversão dos cortes nas instituições como pauta prioritária.
A entidade descarta, no entanto, uma greve estudantil posteriormente. “A nossa convocação é universidade aberta funcionando a todo vapor, porque o sonho do Bolsonaro é que a universidade pare”, diz a presidente da entidade, Marianna Dias.
Apesar de descartar uma paralisação prolongada, ela afirma que os estudantes vão parar em dias pontuais e farão uma série de manifestações. “A mobilização vai ser todo dia, nas universidades e nas ruas, mas as paralisações vão ser pontuais.”
Desde o anúncio dos cortes, alunos e pesquisadores já vêm promovendo atos em algumas cidades do país. A ideia é que a quarta-feira seja um marco da nacionalização desse movimento. “O dia 15 vai ser um dia histórico, que vai marcar o início de uma movimentação massiva”, afirma Marianna.
Segundo ela, que é aluna de pedagogia da Unip (Universidade Paulista), estudantes de instituições privadas também estão sendo convocados.
Em São Paulo, a manifestação acontece a partir das 14h no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo). A participação de alunos de outras localidades está sendo deliberada em assembleias por todo o país.
Em Manaus, a manifestação está marcada para iniciar a partir das 7h, na entrada da Ufam (Universidade federal do Amazonas) e às 15h no centro da cidade.