Duas semanas atrás, a reportagem do ATUAL questionou o senador Eduardo Braga (PMDB) sobre quem ocuparia o lugar dele no Senado, caso ele vença a eleição para o Governo do Amazonas. A primeira suplência é da mulher de Braga, Sandra Braga, e a segunda suplência, do empresário do Rio Grande do Sul Lírio Parisotto. Braga respondeu que a vaga é de Sandra Braga e ela é quem decidirá se ficará ou não, mas isso só será discutido depois do resultado das urnas.
Se Braga deixar de ser senador para ser governador, é quase improvável que deixe a primeira-dama em Brasília. O mais provável é que se repita a história da passagem de Amazonino Mendes pelo Senado, quando deixou por quatro anos no lugar dele o empresário Gilberto Miranda, que também era sócio de empresas do Polo Industrial de Manaus, mas vivia em São Paulo.
O empresário Lírio Parisotto, dono da Videolar, foi um dos apoiadores da campanha de Eduardo Braga em 2010 e pode se tornar senador pelo Amazonas sem ao menos conhecer o Estado. Parisotto, de fato, nunca morou no Amazonas, e nos últimos anos só raramente vem a Manaus, porque a empresa de CDs e DVDs instalada no Polo Industrial se tornou um negócio secundário. Em fevereiro deste ano, a Revista Forbs listou os cinco políticos mais ricos do Brasil e e encabeçando a lista estava Parisotto, com uma fortuna de 1,9 bilhão de dólares. Ele é um dos maiores investidores no mercado de ações do Brasil e é a especulação que ele tem se dedicado nos últimos anos.

Esses fatos criam a necessidade de uma ampla discussão sobre os suplentes de senadores.