Por Rosiene Carvalho, da Redação
MANAUS – O acórdão da decisão que cassou o governador José Melo (Pros) e o vice-governador Henrique Oliveira (Sd) ainda não foi publicado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) três semanas após a cassação, que ocorreu no dia 4 de maio. Sem a publicação do acórdão, Melo não pode sequer recorrer da decisão ao STF (Supremo Tribunal Federal) ou embargar (recurso especial) a decisão no TSE.
Os 20 dias transcorridos depois da cassação foram como um balde de água fria na reação de Melo e Henrique contra a decisão e também traz consequências na sobrevivência política dos dois. Melo se esquivou até mesmo de tentar atuar no grupo político dele para que a sucessão ocorresse de maneira indireta.
O comentário de político ligado a Braga é que, agora, “é esperar transitar em julgado” porque até mesmo a atuação dos “caríssimos” advogados de Brasília fica morna em função da estanca nos pagamentos.
Um dos poucos interlocutores que o governador cassado José Melo manteve contato nos últimos dias revelou ao ATUAL que, tão logo o acórdão seja “finalmente” publicado, o “caminho natural” é o recurso. Segundo esta fonte, a orientação passada aos advogados de Melo em Brasília é que o recurso seja apresentado ao STF em função de que o julgamento do governador no dia 4 de maio deixou bem claro o posicionamento dos ministros sobre o caso.