MANAUS – O coronavírus impôs um dilema ainda sem solução: como conciliar a proteção à saúde humana com a manutenção das atividades econômicas. Autoridades de saúde e cientistas defendem que a primeira é prioridade máxima e a segunda pode esperar. Empresários e investidores alegam que é possível manter a primeira com alguma restrição a segunda. O transporte fluvial no Amazonas demonstra que esse equilíbrio não é fácil. A Justiça tem se dividido entre suspender e manter o transporte fluvial. Não houve nenhuma decisão sobre limitar o número de passageiros e tripulação para manter a atividade sem retirar a necessidade de deslocamento dos ribeirinhos. O ideal era que juízes, médicos e pesquisadores se reunissem para chegar a um consenso dentro da lei. Por enquanto, o que se vê, é cada um defendendo seu lado. O transporte fluvial fica a mercê do banzeiro jurídico entre um afunda e boia.