Do Estadão Conteúdo
SÃO PAULO – Fundador do PSD e presidente licenciado do partido, o ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) disse nesta quinta-feira, 8, em coletiva no Palácio do Planalto, que a sigla ainda vai continuar dando visibilidade a uma possível candidatura do ministro Henrique Meirelles (Fazenda) à Presidência. Kassab afirmou, no entanto, que é preciso manter uma relação de honestidade e que a maioria do partido deve optar por uma candidatura única de centro mais viável.
“Existe um esforço muito grande do PSD, e isso é publico, de valorizar, dar visibilidade ao ministro Meirelles para que com essa visibilidade ele possa ser esse candidato”, disse. “Temos que ter bom senso e humildade, que se no momento certo da definição tiver um indicativo em relação a perspectivas de que existe uma outra candidatura de outro partido que possa ser mais viável, essa candidatura muito possivelmente terá a preferência do partido, para que tenhamos uma candidatura fortalecida com apoio de diversos partidos”, completou. “Isso não quer dizer, não vamos afirmar agora porque temos muito tempo pela frente, de que o Meirelles não será esse candidato”, ponderou.
O ministro disse ainda que Meirelles “merece” que o partido continue tentando viabilizá-lo, mas que esse esforço tem um limite. “Vamos continuar fazendo (tentando viabilizar), mas é evidente que pesquisa é importante, perspectiva é importante, candidatura de outros partidos é importante e, principalmente uma relação honesta entre ele e o partido”, destacou.
Segundo Kassab, a relação entre o PSD e Meirelles “é muito honesta e transparente”. Ele negou ainda que o ministro da Fazenda tenha dito que pode se filiar a outro partido caso a sigla deixe de apoiar sua possível candidatura. “Nunca teve essa conversa, mas com tantos partidos é evidente que sempre existam convites de outros partidos para lideranças de projeção, como é o caso do Meirelles”, afirmou.
Kassab fez questão de exaltar que o ministro tem todas as condições de ser um bom presidente da República, mas reforçou que o PSD busca uma aliança forte para um candidato único. “Quero registrar a imensa satisfação e até o orgulho que o PSD tem de ter entre seus filiados o ministro Meirelles. Todos sabem que o ministro Meirelles é presidenciável, que ele também se considera. Mas ele não é candidato”, destacou.
Para Kassab, o PSD tem uma posição muito clara e definida por grande parte das suas lideranças de buscar uma candidatura única de centro. “Não é uma posição unânime no partido, mas é uma posição majoritária”, finalizou o ministro.