Da Redação
MANAUS – Candidato a vice-governador na chapa de Wilson Lima, o defensor público Carlos Almeida Filho, um dos principais alvos da campanha adversária neste segundo turno da eleição no Amazonas, disse neste domingo que “tentaram deturpar um trabalho de mais de 13 anos de atividade” dele na Defensoria Pública do Estado.
Carlos Almeida foi acusado pela campanha de Amazonino Mendes de defender o pagamento de indenizações para famílias de presos mortos em janeiro de 2017 no massacre realizado no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus, quando 55 detentos foram assassinados por de membros de facções rivais. O caso ficou conhecido na campanha eleitoral como pagamento do “bolsa bandido”.
“Os ataques fazem parte da velha política”, disse. “A população sabe, o eleitor sabe que não se trata, nada mais, nada menos, do que um jogo muito baixo e vil”, completou.
Almeida Filho disse que o pagamento das indenizações não pode ser atribuído nem só a ele e nem à Defensoria Pública. “Quem reconheceu a necessidade das indenizações foi o próprio governador (José) Melo. E quem fez a proposta de valor das indenizações foi a própria procuradora-geral do Estado”, disse.
Ele reclamou que suas entrevistas concedidas sobre o caso das indenizações tenham sido editadas pela campanha adversária para atacar a candidatura de Wilson Lima e dele. “Editar e gravar de forma truncada as informações se prestava à campanha adversária”, disse.
Ele também se defendeu da acusação de que fora escondido na campanha de Wilson Lima no segundo turno. “O segundo turno é muito curto para uma quantidade muito grande de atividades, e estive em muitas atividades paralelas, tanto eu quanto o Luiz Castro (deputado estadual). Essa foi a nossa tônica até sexta-feira”, disse.