Por Abinoan Santiago, da Folhapress
SÃO PAULO- O surfista de ondas gigantes, Marcelo Tonon, o “Bujica”, morreu na quinta-feira (22), aos 38 anos, enquanto praticava o esporte na praia da Joaquina, no leste da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis. Ele estava em pé na prancha e caiu ao mar desacordado, relatam amigos e o Corpo de Bombeiros. A suspeita é de que Tonon tenha sido acometido por um mal súbito, o que teria gerado o afogamento.
Os pulmões do atleta estavam cheios de água no momento do atendimento pelos bombeiros, que fizeram os primeiros socorros, com guarda-vidas e, em seguida, uma equipe multiprofissional do helicóptero Arcanjo 01. “Ficamos lá por mais de uma hora, mas não conseguimos reanimá-lo. Ele morreu ainda na praia. Houve um afogamento possivelmente resultante de um mal súbito”, confirmou ao UOL o tenente-coronel Sandro Fonseca, do Corpo de Bombeiros.
Tonon não tinha esposa nem filhos. A cerimônia de cremação aconteceu no fim da manhã de hoje, em São José, na Grande Florianópolis, com a presença de amigos próximos e familiares. O presidente da Associação de Surf de Joaquina, Cristiano Melo, comentou que a praia era o destino preferido de Tonon em razão da força e altura das ondas. Além de atleta, a vítima ainda era professor de surf, designer e fabricador de pranchas.
“A gente o via todo dia na praia, participando de tudo na associação, sempre com sorriso, sendo muito carismático, tanto que todo mundo ficou muito estarrecido com esse fato. Era um cara que cuidava muito do corpo. É uma pessoa que vai sentir falta por bastante tempo”, comentou.
Melo afirmou que Tonon não relatou aos amigos próximos qualquer problema de saúde. “Isso é o que deixa a gente até mais assustado porque treinava muito e víamos que alimentação dele era bem saudável”, frisou.
A Federação Catarinense de Surf também lamentou a morte do atleta.