
BRASÍLIA – A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve nesta terça-feira, 2, a prisão preventiva do ex-prefeito de Coari (AM) Adail Pinheiro (PRP), acusado de chefiar uma quadrilha que explorava sexualmente crianças e adolescentes.
Por unanimidade, os ministros entenderam que a Justiça do Amazonas justificou corretamente a manutenção da prisão. A defesa de Pinheiro alegou ilegalidade da prisão e a incompetência do juiz que decretou a medida.
O ex-prefeito de Coari, que teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral em dezembro do ano passado, está preso por condenação em outro processo. Ele foi condenado em outubro do ano passado a 11 anos e 1o meses de prisão por crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Na mesma sentença, outras quatro pessoas foram condenadas, entre elas o ex-secretário de Administração do município de Coari Adriano Teixeira Salan, e a ex-secretária de Ação Social, Maria Lândia Rodrigues dos Santos.
Adail Pinheiro é réu em pelo menos 70 processos que tramitam na Justiça do Amazonas. Os processos estão parados à espera de julgamento.
Em 2006, a Polícia Federal passou a investigá-lo devido a indícios de desvio de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
As denúncias de pedofilia começaram a aparecer nessas investigações, em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. A apuração do caso resultou na chamada Operação Vorax, cujo relatório foi divulgado em 2008.
Em agosto de 2013, Pinheiro prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Câmara dos Deputados.
A defesa do ex-prefeito considera mentirosas as denúncias de que ele comandava uma rede de exploração sexual de crianças e de que abusou sexualmente de meninas em Coari. Ele garante jamais ter mantido qualquer tipo de relacionamento com as pessoas que o acusam.
(Com informações da Agência Brasil)