
Do ATUAL
MANAUS – A aparência é de um trator com suspensão alta, mas é uma máquina de reflorestamento. O Forest Bot é a primeira tecnologia de reflorestamento desenvolvida na Amazônia.
A tecnologia foi criada pela startup Autonomus Agromachine com financiamento de R$ 8 milhões oriundo do Programa Prioritário de Indústria 4.0 e Modernização Industrial da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). Os recursos são de PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) criada pela Lei de Informática da Zona Franca de Manaus.
A Forest Bot foi projetada para mecanizar o plantio de árvores em larga escala, uma solução estratégica para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e também reduzir custos no setor agroindustrial. Segundo o idealizador do projeto, Marcelo G. M. Freire, a tecnologia viabiliza a recuperação ambiental em um nível que seria impossível com métodos manuais.
A máquina realiza três etapas do processo – plantio, irrigação e controle de qualidade – em uma única operação. “Atualmente, o custo médio do plantio manual de um hectare de floresta é de R$ 1,5 mil. Com a Forest Bot, esse valor pode cair para R$ 440, reduzindo os custos em quase 70%. A Forest Bot é a solução para mecanizar, levar a escala e atingir as metas exigidas”, afirma Marcelo Freire.
Projetada para o reflorestamento, a tecnologia atrai interesse do setor agrícola para o plantio mecanizado de culturas como laranja, açaí, cacau e café. Freire afirma que o plano de negócios prevê a venda de 12 mil unidades nos próximos 10 anos, com um faturamento estimado de R$ 70 bilhões no período.
“Esse resultado vai beneficiar também o setor da agroindústria, além de contribuir para que a produção e o trabalho do produtor rural sejam realizados de forma técnica e ambientalmente correta. Os investimentos em PD&I são essenciais para essa nova fase da economia na região”, disse Bosco Saraiva, superintendente da Suframa.