MANAUS – A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e a Policia Civil do Amazonas deflagraram nesta quarta-feira (4), a Operação ‘Cetano’, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida no desvio de combustível que abastecia termoelétricas de Manaus. Investigações apontam o prejuízo de R$ 1 milhão, por mês, ao erário, com o furto de 500 mil litros de combustível.
Cerca de R$ 135.800,00 foram apreendidos e 26 pessoas foram presas na ação que envolveu 160 policiais Civis e Militares e ocorreu em todas as zonas de Manaus. Também foram apreendidos 20 veículos, entre picapes e carros pequenos, cinco caminhões tanque, um caminhão semi-reboque, duas lanchas, quatro motos e sete armas de fogo.
Dentre os presos, o empresário Cláudio Saraiva, 39, apontado como líder do grupo. Ele foi preso na sua própria residência onde mantinha uma academia de ginástica. Somente no local, foram apreendidos cerca de R$ 115 mil escondidos em uma mala.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, a ação teve o principal objetivo de combater o desvio de combustível e crimes voltados à lavagem de dinheiro, que ainda serão investigados. “Estamos em um momento de aumento de taxas e de contas, e crimes como esse também ajudam a afetar o bolso do consumidor. O desvio de combustível era grande, cerca de 500 mil litros por mês, onde avaliamos quase R$ 1 milhão de reais. A quadrilha hoje foi desarticulada nessa operação que foi muito bem planejada pela Secretaria de Segurança e Polícia Civil”, disse.
Ainda de acordo com o secretário, o Estado e a União estavam tendo grandes prejuízos com a fraude, que onerava o fornecimento de energia. “O Estado subsidia esse combustível que abastece as termoelétricas, logo, por conta do esquema, era preciso adquirir muito mais óleo para manter o funcionamento das termoelétricas”, conta.
Ele ressaltou que as investigações apontam que os caminhões saiam da distribuidora no Distrito Industrial com destino às termoelétricas e antes de chegar ao destino, o furto de combustível era efetuado, com auxílio de outros caminhões-tanque. Outra maneira de furtar da quadrilha ocorria também nas termoelétricas, onde a quantidade de óleo diesel recebida, inferior ao que havia saído da distribuidora, era atestada por funcionários como se não houvesse irregularidades.
O combustível, ainda segundo as investigações, era revendido a preço abaixo do mercado para pontões e estabelecimentos. “Para isso, as investigações irão continuar com o objetivo de apurar os receptadores desse material furtado”, informou o secretário-executivo de Operações da SSP-AM, Orlando Amaral.
Orlando Amaral ressaltou que os presos poderão responder pelos crimes de furto qualificado e formação de quadrilha. Alguns também responderão pelo crime de porte e posse ilegal de arma de fogo.