Da Redação
MANAUS – Mais sete notificações de casos de rabdomiólise, síndrome associada à ‘doença da urina preta’, foram registradas neste domingo (29) no Amazonas. Já são 33 os pacientes acometidos pela doença no estado, 29 em Itacoatiara (sendo uma morte), dois em Manaus, um em Caapiranga e um em Autazes. A FVS-AM (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas) monitora os pacientes.
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“Todos os casos notificados podem estar associados à ingestão de peixes. Ainda não há consenso no meio científico sobre a toxina que contamina os pescados. A Vigilância em Saúde está se concentrando em detectar precocemente os casos e monitorar para que haja o manejo clínico adequado para os pacientes”, disse o diretor-presidente da FVS, Cristiano Fernandes.
Das sete novas notificações, cinco são de Itacoatiara, uma de Manaus e uma de Autazes. Neste domingo (29), continuavam internadas 18 pessoas, sendo duas em Manaus, uma de Caapiranga, uma em Autazes e 14 pessoas de Itacoatiara (12 adultos e duas crianças). Os demais pacientes receberam alta hospitalar.
Segundo a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da FVS, Liane Souza, os pacientes internados estão clinicamente estáveis. “Todo o monitoramento periódico do estado de saúde e a atenção dada aos pacientes está sendo realizada sob o olhar da vigilância”, afirma a técnica.
Rabdomiólise
A rabdomiólise é uma síndrome clínico-laboratorial que decorre da lesão muscular com a liberação de substâncias intracelulares para a circulação sanguínea.
Ocorre normalmente em pessoas saudáveis, na sequência de traumatismos, atividade física excessiva, crises convulsivas, consumo de álcool e outras drogas, infecções e ingestão de alimentos contaminados, que incluem o pescado. O quadro clínico da doença pode incluir elevações assintomáticas das enzimas musculares séricas (creatinina-fosfoquinase – CPK).