MANAUS – Para quem apenas assiste pela televisão, ouve no rádio ou lê nos sites de notícias, 262.948 mortos pela Covid-19 são apenas números. Só quem perdeu alguém da família ou uma pessoa próxima entende a gravidade da doença.
As pessoas costumam entender melhor o perigo do vírus quando se deparam com situações como a de Manaus, em janeiro deste ano. Diante do colapso no sistema de saúde e do número assustador de mortes, aqueles que bradavam contra as medidas de distanciamento social se calaram.
A onda que atingiu Manaus e parte dos municípios do Amazonas, agora se espalha pelo País e exige medidas semelhantes às adotadas por aqui, em janeiro e fevereiro. Como ocorreu no Amazonas, outros Estados registram protestos contra o fechamento do comércio e de serviços considerados não essenciais.
Autoridades de saúde e cientistas já alertaram para a velocidade com que a nova variante do vírus se espalha. Atingindo mais gente, aumenta o número de casos graves e pressiona o sistema de saúde. Na falta de leitos, aumenta o número de mortes.
Em todo o país, governadores e prefeitos precisam adorar medidas para tentar frear a contaminação. Nem a vacina consegue conter o vírus, apesar de prometer que nas pessoas imunizadas a doença não deve evoluir para um quadro grave. A saída é evitar o contato com outras pessoas.
Neste sentido é que se aplicam as medidas de distanciamento. Ficar em casa é a melhor medida. Mas quem não pode ficar em casa, porque tem que trabalhar, precisa entender que a adoção de medidas de higiene é fundamental: lavar as mãos, usar álcool em gel, máscara e evitar tocar objetos tocados por outras pessoas.
Ninguém precisa se arriscar e adentrar em um comércio lotado. É dever de qualquer cidadão, isso sim, denunciar o estabelecimento que permite aglomeração.
No Amazonas, principalmente em Manaus, onde a segunda onda da Covid-19 matou como nunca matou, boa parte das infecções ocorreu pelas aglomerações de fim de ano, das festas clandestinas e da teimosia daqueles que insistem em negar aquilo que a ciência já comprovou.
Não há necessidade de o vírus chegar na sua família para você seguir as recomendações.