Da Redação
MANAUS – A presidente do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas), Ana Cristina Rodrigues, afirmou que o governador do Amazonas, Wilson Lima, fez opção pela manutenção da greve da categoria, que completa 30 dias. “Isso (continuidade da greve) foi o governador do Estado que determinou com sua falta de respeito e sua intolerância no pronunciamento de ontem à tarde”, disse Cristina, referindo-se a pronunciamento de Lima que acusou os sindicatos que promover movimento político-partidário. Já a Asprom-Sindical, outro representante dos trabalhadores da Educação, anunciou que buscará um meio-termo aos 15% de reajuste salarial reivindicado pela categoria.
Os professores ocuparam a ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas) na manhã desta terça-feira, 14, para cobrar a intermediação dos deputados nas negociações com o governo. “Ser filiado a um partido político é legítimo e constitucional. Ele (Wilson Lima) mesmo é. Faltou habilidade política para tratar o assunto”, disse Cristina Rodrigues.
Conforme a líder sindical, a paralisação envolve 70% das escolas em Manaus e 40 dos 61 municípios. “Um governador do Estado, quando é eleito, deixa sua sigla partidária e governa para o povo. A greve continua. Quem”, afirmou.
Ana Rodrigues disse que o Sinteam manterá o compromisso de repor todas as aulas perdidas e negociará um calendário de reposição.
Lambert Melo, secretário-geral da Asprom-Sindical, também criticou o posicionamento do governador e disse que a posição unilateral de romper as negociações gerou preocupação. Segundo Melo, a Asprom buscará uma proposta intermediária entre os 4,74% oferecidos pelo governo e os 15% pleiteado pelos professores. “Se eles (governo) consideram que 15% é inviável, mas 4,74% também é inviável para nós professores”, disse.
Lambert Melo disse que a reunião com os deputados foi positiva. “Eles se propuseram a atuar como bombeiros colocando água nesta fervura”, disse.
A Asprom fará assembleia nesta quarta-feira, 15, para definir uma nova proposta de aumento salarial ao governo.
(Colaborou Patrick Motta)