Da Redação
MANAUS – O Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas) anunciou que irá recorrer da decisão de descontar os dias de greve dos salários dos professores. A alegação é de que a medida impede a reposição de aulas. Os trabalhadores da rede pública estadual interromperam as aulas há quatro dias. “Essa medida prejudica os alunos”, disse a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.
Segundo Ana Rodrigues, o sindicato também vai recorrer da liminar assinada pelo desembargador Elci Simões que determina a suspensão da greve que começou na segunda-feira, 15. Na próxima segunda, 22, às 9h, a categoria realiza nova manifestação, desta vez a intenção é fechar a Ponte Rio Negro. A manifestação foi anunciada por Ana Cristina em entrevista coletiva nesta quinta.
Ana Rodrigues reiterou que não foi notificada oficialmente pela Justiça. “Ontem (quarta-feira) à tarde soubemos da publicação (da ordem juridical) no diário oficial e à noite já entramos com o recurso”, disse.
“Nossa greve é legal. Cumprimos todos os requisitos. Realizamos assembleia específica, avisamos a Seduc (Secretaria de Estado de Educação), governo e sociedade com 72 horas de antecedência. O direito à greve é previsto na Constituição Federal. Estamos pedindo uma conversa com o governador há quatro meses e não temos data para isso acontecer”, disse a presidente do Sinteam.
Sem paralisação
A Avamseg (Associação dos Vigias, Auxiliares, Técnicos, Merendeiros, Serviços Gerais e Técnicos Administrativos) também realizou assembleia nesta quinta-feira, 18, e decidiu não aderir ao movimento grevista dos professores por considerar que a Seduc ainda está negociando com a categoria.
“Nós fizemos uma assembleia no dia 30 de março e colocamos as nossas pautas que não estão na mesa de negociação pelo nosso sindicato. Nós temos 48 pautas específicas para trabalhar com a Seduc. Nove delas já estão sendo atendidas”, disse Eliana Guedes, presidente da Avamseg.
Segundo Eliana, os 200 membros da associação que não aderiram à paralisação continuarão trabalhando normalmente e afirma que nem todos os professores pararam de dar aula.
De acordo com a presidente do Sinteam, não há unanimidade entre os trabalhadores da associação. “Eu posso garantir que não há unanimidade em relação a isso porque temos muitos na nossa paralisação”, disse Ana Rodrigues.