Da Redação
MANAUS – O Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas) anunciou que profissionais de 50 escolas aderiram total ou parcialmente à paralisação nesta terça-feira, 1º. Em nota, a Seduc (Secretaria de Educação do Amazonas) rebateu e informou que as 123 escolas de ensino médio permanecem com as aulas normais. Em alguns colégios grupos de professores promoveram manifestação contra o retorno de aulas presenciais.
A categoria defende a manutenção das aulas remotas, como vinha acontecendo durante o período de isolamento social. Segundo a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues, desde o dia 10 de agosto, com o retorno das aulas presenciais do ensino médio, o sindicato denuncia o descumprimento dos protocolo de saúde e testes insuficientes para diagnosticar a Covid-19.
“A categoria trabalha com medo ao ver os casos de Covid-19 aumentando dentro das escolas. Muitas tiveram queda no número de trabalhadores ou por apresentarem comorbidades ou por estarem afastados por causa da contaminação pelo novo coronavírus. E mesmo assim, (as escolas) mantêm os alunos como forma de passar uma imagem perfeita, mas as aulas não acontecem”, disse Rodrigues.
Em assembleia geral na semana passada com 300 pessoas, a categoria decidiu manter apenas as aulas remotas. O Sinteam informa que enviou ofício à Seduc e ao governador Wilson Lima pedindo uma audiência, mas até o momento não receberam resposta.
A Seduc contestou a paralisação e afirmou que “diferentemente do que vem sendo divulgado em redes sociais, não há paralisação das aulas nas unidades de ensino que retornaram no último dia 10 de agosto, na capital. Nenhuma escola deixou de funcionar nesta terça-feira. Nas unidades onde foram registradas faltas, houve substituição para garantir a continuidade das aulas”, diz a pasta em nota.
A Secretaria informa que as escolas de ensino médio obedecem a protocolos bem definidos de distanciamento social, uso obrigatório de máscaras e equipamentos de proteção individual (EPIs), monitoramento da saúde dos alunos, higiene pessoal e dos ambientes escolares e redução de 50% dos estudantes nas aulas presenciais, entre outras medidas que garantem a saúde e segurança da equipe escolar. Fora isso, foram instalados ainda dispositivos de álcool gel/sabão e pias em todas as escolas. Os profissionais de educação seguem sendo testados pela FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas).
“Conforme estabelecido no protocolo de retomada das aulas presenciais, os profissionais que testaram positivo foram afastados para o período de isolamento necessário. Após a notificação, os profissionais estão sendo imediatamente afastados da sala de aula, no período de sete a 14 dias, de acordo com as orientações dos órgãos de Saúde”, diz a Seduc. “As unidades permanecem, ainda, recebendo serviços de desinfecção”, finaliza.
Pela manhã, a Asprom (Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus) realizou uma carreata da Escola Estadual Djalma Batista, em frente à Ufam (Universidade Federal do Amazonas), na Avenida Rodrigo Otávio, até a Seduc, no bairro Japiim.