MANAUS – O último TELETON foi marcado por muitas polêmicas. O dono do SBT e apresentador, Silvio Santos e a cantora Claudia Leitte protagonizaram uma dessas polêmicas que se tornou alvo de protestos, incluindo artistas que saíram em defesa de Claudia Leitte.
A cantora que já é acostumada em participar do evento, brincou e pediu um abraço do apresentador que não hesitou em falar coisas grosseiras e machistas. “Esse negócio de ficar dando abraço me excita e eu não posso ficar excitado” disse Silvio Santos. Claudia leitte aparentemente incomodada respondeu e tentou desviar do assédio.
Nas redes sociais as opiniões dividiam-se entre acreditar que a cantora estava usando a roupa errada por isso foi “bem feito” enquanto outras criaram uma campanha “mexeu com uma, mexeu com todas” em defesa de Claudia Leitte.
O que acontece é que o assédio naturalizou-se entre a sociedade. É normal, é brincadeira, deixa de “mimimi” tornou-se argumentos contra a mulher que sente-se agredida com um assédio disfarçado de ‘graça’.
Hoje, a mulher se sente mais forte e consequentemente não se cala mais. Ora, não pode ser comum ou normal um apresentador se referir a você com palavras sexuais. Nas ruas, as mulheres sabem bem o que é isso, o que temos que aguentar todos os dias de homens que sentem-se à vontade em invadir nosso espaço com palavras ou atos, não tem dimensão.
Que essa discussão continue em pauta, assédio não é brincadeira. Agressão não é humor e as feridas podem ser profundas.