Da Redação
MANAUS – Servidores públicos no Amazonas recriaram o Fórum em Defesa do Serviço Público, que une funcionários municipais, estaduais e federais. A intenção é se contrapor à política administrativa do governo Bolsonaro. Duas manifestações serão realizadas em Manaus: no dia 8 de março (Dia Internacional da Mulher) e 18 de março (Dia Nacional em Defesa do Serviço Público)
O grupo é contrário às reformas da Previdência e Administrativa, as quais consideram que irão precarizar o serviço público. O presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho da 11ª Região e Justiça Federal do Amazonas, Luiz Cláudio Correa, disse que os projetos de reformas causarão danos à sociedade. “Nesse momento, o que nós temos de derrotar é a Reforma Administrativa e a PEC Emergencial, pois representam um ataque inclusive à nossa capacidade de mobilização, visto que retiram os servidores do regime jurídico único, criando uma nova categoria dentro da nossa categoria”, disse.
Outra frente de atuação será contra as fake News. “A população é levada a crer que nós temos ‘direitos demais’, e não estamos tendo a capacidade de rebater essas mentiras na mesma velocidade em que são plantadas. Precisamos alertar que quando se fala em redução de 25% não é só de salário, é de jornada também, o que implica diretamente no atendimento aos estudantes, nos hospitais etc.”, disse o coordenador do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe/AM) José Eurico de Souza.
O presidente da Seção Sindical dos Docentes da Ufam (Adua), Marcelo Vallina, comentou que o Fórum em Defesa do Serviço Público existiu no Amazonas até, aproximadamente, 2003. “Cumpriu um papel fundamental na defesa dos serviços públicos, saúde, previdência, educação e assistência social contra os ataques do neoliberalismo, e como esse projeto de país se aprofunda, a necessidade de enfrentá-lo é premente”, afirmou.
Além da Adua, SitraAM/RR, Sinasefe/AM e Sindsep-AM, também participaram da reunião de retomada do Fórum representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam); Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG); Diretório Acadêmico da Normal Superior da Universidade do Estado do Amazonas (Dans/UEA); Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas) e Sindicato dos Profissionais e Trabalhadores em Educação Pública Municipal de Parintins (Sinptempin) e servidores da Secretaria da Educação do Amazonas (Seduc) e Secretaria Municipal de Educação (Semed).