MANAUS – Os servidores públicos federais de sete órgãos estão com as atividades parcialmente paradas nesta sexta-feira, 29, em protesto contra o ajuste fiscal e o corte no orçamento da União e realizam um ato público, à tarde, na Praça do Congresso, no Centro Histórico de Manaus. A concentração do evento começa às 15h, de acordo com a diretoria do Sindsep (Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Amazonas).
Na avaliação dos servidores, as Medidas Provisórias 664 e 665, aprovadas nas últimas semanas no Congresso Nacional, que alteram as regras do seguro-desemprego, auxílio-doença e pensão por morte, afetam diretamente os trabalhadores. Eles também protestam contra o Projeto de Lei (PL) 4330 da chamada Lei da Terceirização, que permite a contratação de empresas terceirizadas para atividades-fim.
“Hoje o governo privilegia o pagamento das dívidas e bloqueia a valorização salarial dos servidores, investindo bilhões para salvar os bancos e demitindo trabalhadores. Temos que tentar parar isso, por isso nos unimos ao Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) e à CUT (Central Única dos Trabalhadores) para barrar a política de ajuste fiscal do Governo, dizendo não ao plano Levy”, disse o presidente do Sindsep, Walter Matos.
Para o sindicalista, a meta do governo federal é poupar R$ 66,3 bilhões para o pagamento da dívida pública, retirando dos trabalhadores para pagar os banqueiros. “Só o Sistema Único de Saúde (SUS) terá um corte de 30%”, disse Walter Matos.
Participam do ato público servidores do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Funai (Fundação Nacional do Índio), Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte).
A parasalição desta sexta-feira, vem com indicativo de greve geral em todo o país. O presidente do Sindsep informou que no sábado, 30, haverá uma plenária da Condsef, em Brasília, quando o assunto será colocado em pauta.