Por Jullie Pereira, da Redação
MANAUS – Com rematrículas automáticas já em andamento e reserva de vagas para novos alunos pela internet, o ano letivo de 2021 nas redes públicas estadual e municipal está indefinido. Em Manaus, o novo secretário municipal de Educação, Pauderney Avelino (DEM), defende que os alunos devem voltar para as salas de aulas, mas aguardará o posicionamento das autoridades de saúde para decidir sobre as atividades escolares. No estado, a Secretaria de Educação avalia se manterá aulas de forma híbrida.
O posicionamento de Pauderney é contrário à decisão da atual gestão da Semed, que defende a manutenção de aulas pela internet. “As aulas presenciais só devem retornar após autorização dos órgãos sanitários, por isso, o próximo ano deve começar ainda de forma remota”, informou a Secretaria em nota.
“Eu tenho minha opinião pessoal, mas esse posicionamento deverá ser precedido de consultas às autoridades de saúde. A minha opinião pessoal é que deveríamos voltar com presença física depois que as autoridades e escolas estiverem aptas a receber esses alunos e depois que os médicos e cientistas do amazonas entenderem também que poderá haver o retorno sem risco às família”, disse Pauderney.
Já a Seduc ainda não estabeleceu o calendário de aulas do ano letivo de 2021.
O Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas) e Asprom Sindical (Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus) defendem que as aulas retornem para o sistema virtual. “Nós esperamos que a Seduc chame os representantes para que juntos possamos construir o calendário. O quadro do Amazonas com relação à Covid aumentou bastante e é preciso que se reavalie a questão das aulas presenciais. É preciso levar em consideração a vida humana. Estamos ansiosos que a Seduc nos chame”, disse Ana Cristina Rodrigues, representante do Sinteam.
A Asprom cita a vacinação em massa para que as aulas sejam mantidas de forma presencial no estado. “Esperamos que seja mantido às aulas virtuais. Sem aulas presenciais. Estamos na segunda onda da pandemia e não é possível ter aulas presenciais enquanto não houver vacinação em massa”, disse Lambert Melo, representante da Asprom.
Em 2020, o ano letivo no estado começou em seis de fevereiro, depois as aulas foram suspensas de forma presencial em abril, retornando em 30 de setembro com o sistema híbrido.
Questionada sobre o calendário escolar, a Semed informou que as aulas das unidades da zona urbana, rodoviária e ribeirinha do Rio Amazonas devem retornar no dia 18 de fevereiro e as aulas da zona ribeirinha do Rio Negro no dia 18 de janeiro.
Covid-19
O Amazonas tem 670 pacientes internados com a Covid-19, segundo boletim da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas) de segunda-feira, 28. Desse total, 420 estão em leitos clínicos (132 na rede privada e 288 na rede pública), 243 em UTI (82 na rede privada e 161 na rede pública) e sete em sala vermelha, estrutura de assistência temporária para estabilização de pacientes críticos/graves para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de saúde.